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Heads cria campanha para Onu Mulheres no Carnaval

A ONU Mulheres, com o suporte do Comitê Nacional Impulsor ElesPorElas HeForShe, anuncia a campanha “Respeita as mina. É simples.”

A ONU Mulheres, com o suporte do Comitê Nacional Impulsor ElesPorElas HeForShe, anuncia a campanha “Respeita as mina. É simples.” O slogan é inspirado no movimento criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres, do Governo da Bahia, e tem o objetivo é alertar os foliões sobre o problema do assédio sexual no carnaval, que aumenta significantemente no período.

Em 2017, o crescimento no número de denúncias chegou a 90%. Foram 2132 atendimentos registrados pela Central de Atendimento da Mulher (disque 180) apenas nos quatro dias de Carnaval. Muitos desses casos são consequência de uma cultura em que os homens não escutam as mulheres.

A campanha foi criada pela agência Heads e está sendo viabilizada com o apoio do Museu de Arte Moderna de São Paulo, do Brasília Cidadã, do Metrô-DF, do Metrô-SP, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia, e o patrocínio da Atento, da Avon, e da Itaipu Binacional. Este ano, a ação fará parte do movimento global de solidariedade pela igualdade de gênero ElesPorElas HeForShe para falar diretamente com os homens e mostrar que a responsabilidade do assédio nunca é da vítima, mas sim do assediador.

A ONU Mulheres espera provocar uma reflexão dos homens sobre suas atitudes e comportamentos durante as festividades, para que a cultura do assédio não seja reproduzida, normalizada ou tolerada. “O Carnaval é um momento de diversão para todas e todos, mas infelizmente a realidade é que os espaços ainda não são seguros para que as mulheres possam se divertir sem medo de violência. Para tanto, é preciso que os homens abandonem comportamentos nocivos que perpetuam a violência e isso requer que eles respeitem as mulheres”, disse Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil.

Com frases simples, a campanha mostra que os homens não podem julgar o comportamento das mulheres e nem tomar atitudes que contrariam suas vontades. As frases evidenciam que a mensagem é óbvia e que não cabem outras interpretações pelos homens: “Se a mulher disse não para você, significa que ela disse não para você”; “Se a mulher veste roupas curtas, significa que ela está querendo vestir roupas curtas”; “Quando a mulher falar que vai pedir o taxi para ir embora, significa que ela vai pedir o taxi para ir embora”; “Quando a mulher falar que quer curtir a festa com as amigas, significa que ela quer curtir a festa com as amigas.”; “Quando a mulher diz que não quer beijar você, significa que ela não quer beijar você”; “Quando a mulher está rebolando até o chão, significa que ela está querendo rebolar até o chão.”

O objetivo dessas mensagens é provar que assédio não é paquera, e que a diferença entre as duas abordagens é o respeito. Se a resposta da mulher não foi respeitada ou se ela não concedeu a aproximação, a abordagem é assédio sexual. Este já é o terceiro ano que a ONU Mulheres promove uma campanha no período do Carnaval visando a conscientizar os foliões e foliãs sobre a necessidade de combater a violência sexual.