Na semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, falemos com os homens.
Que tal um dia de homem? Ele acorda às 6h quase todos os dias para se arrumar antes dela, fazer o café da manhã, para todos na casa, iclusive, filhos e ela, em especial. Recolhe e pendura a roupa para secar e coloca nova leva na máquina para pendurar à noite.
Corre para o banho. Sai, se enxuga, se arruma, mas não acorda ninguém. Deixa seu perfume no quarto. Seca o cabelo, se maqueia, por que não?, cuida da pele. E fala com o espelho: Como estou? Pois ninguém acordou.
Junta bolsa, apetrechos de trabalho, aí, vira despertador e vai acordando todo mundo, enquanto o elevador o espera. Sai correndo pro trabalho. Olha a hora. Vai passar um… Corre. Entra. Cheio. De pé. Ninguém tem dó de seu corre-corre.
Salta do Metrô, tem um ônibus ainda. Lotado também. Chega no trabalho e corre, porque quer estar lá antes de todos. Na sala, ninguém ainda. Só ele. Na solidão de sua responsabilidade, começa. Prepara. Os outros vão chegando.
Vida dura. Ninguém tem dó do seu corre-corre. Hora de almoço. Não porque toque o alarme, mas porque, às 2 ou 3 da tarde, o estômago chama. Trouxe marmita!?!?!? Pensa. Esqueceu na geladeira. Comer como, onde? Come qualquer coisa e volta ao trabalho.
Fim do dia e ele só sabe porque começam a sair os outros. A noite cai. Ele pensa: O jantar! Nova correria.
Ônibus, Metrô. Chegou? Não. Supermercado, porque falta coisa em casa e se ele esquecer…
Em casa, na cozinha, sozinho… Ninguém tem dó de seu corre-corre.
Beijos, carinho de surpresa, de um filho, da (ou do, tanto faz) parceira (o). Alento, mais cobranças ao vento e ele só quer dormir.
Vai ao banheiro e olha o espelho. E aí? acabou a história? Não!
Olhando o espelho, como manda a regra (Regra?), ele começa a se tocar. Faz seu exame de… consciência.
Hoje, ele se colocou no lugar dela. E num só dia sentiu que as conquistas ainda não são plenas.
E eu que fui educado, vivi e trabalhei subordinado a elas procuro entender e me tocar.
As minhas primas, avós, tias, tanto as que me criaram como as que até hoje me guiam. Vocês são divinas.
As minhas tias que ja estão no céu e minha tia Ana, minha madrinha, um beijo.
As minhas divinas Inez e Diva, minha sogra Gessilene, querida Delca (e a Leinha no céu). As minhas chefes antigas, na figura de Tania Viegas, Val Coelho, Debora Tenca e Alexa Carvalho, todas feras. Ah! se não fossem vocês… não tinha texto.
A minha mãe, Dora, minha filha, Samara, minha careca, e minhas filhas de coração, Aline e Taíssa, e minhas irmãs, Cristina, no céu, com minha mãe, e Rosana.
E, em especial, a mulher que me inspirou, inspira e me ensina a ser melhor, Val.
E a todos os produtores, produtoras em especial, criativas, atendimentos, planejamentos, executivas do mercado live, por que não aos meninos que já se tocaram, porque nosso mercado é de feminina essência.
Vamos ao papo de homem, agora.
Aí, amigos, que me leem. Ainda dá tempo de se tocarem. Faltam dois dias só.