A pandemia fez que muitas pessoas passassem a trabalhar em Home Office. E além dos desafios que esse modelo de trabalho já traz, outro também surgiu, o de incentivar os colaboradores durante esse cenário delicado.
Ficar longe da empresa e dos colegas de trabalho cria um ambiente pouco motivador, e que acaba até mesmo prejudicando os resultados dos profissionais. Uma pesquisa do LinkedIn, revelou, por exemplo, que 62% dos entrevistados que atuam em casa estão mais ansiosos e estressados com o trabalho do que antes.
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Além disso, 20% dos profissionais entrevistados se sentem inseguros por terem dificuldades em saber o que está acontecendo com seus colegas de trabalho e sua empresa. E tudo isso acaba contribuindo negativamente para a rotina.
Segundo Rafael Menoya, Head de Planejamento aqui da um.a, o cenário de incertezas e muita tristeza acaba desestimulando os colaboradores, seja no trabalho ou até mesmo no dia a dia pessoal.
Consequentemente, as ações de incentivo precisam ser mais sensíveis. Afinal de contas, nunca se imaginou um mundo como o que vemos atualmente.
“Hoje, mais do que nunca, trabalhar com incentivo exige empatia. É preciso entender o contexto que o colaborador ou parceiro está. O lugar onde estão, como estão se sentido, quais as dores, quão diversos são. E se perguntar como eu posso contribuir para meu colaborar, se sentir mais forte, mais feliz, mais motivado.”, explica Rafael.
O especialista afirma que as campanhas de incentivo precisam ser mais humanas, e incentivar não apenas uma visão mais positiva sobre o trabalho, mas sobre o a vida pessoal.
“Hoje sentimos a simples falta de um abraço, de carinho, de contato. Sentimos medo, esperança, ânimo e desânimo – tudo misturado no mesmo segundo. Coisas tão humanamente simples e importantes. Afeto, palavras de apoio, entendimento, positividade, atenção e proteção são moedas valiosas.”, explica Rafael.
“Bem. O mundo dos incentivos, tem a chance de se tornar uma ferramenta de profunda transformação de vidas. Um fôlego de boas novas, um respiro. Isso pode ser a grande diferença; pode ser aquilo que ele realmente precise para ver as oportunidades de viver bem e fazer mais e melhor.”, complementa o especialista.
O incentivo à distância na prática
O home office acabou se popularizando muito nos últimos anos, e a pandemia acelerou ainda mais essa tendência. E esse modelo de trabalho tende a ser ainda mais comum nos próximos anos.
A agência Digi, por exemplo, já mantinha um modelo hibrido, com parte da equipe trabalhando remotamente. Com isso, eles já tinham uma visão mais flexível sobre o assunto, e já tinham ferramentas para enfrentar o desavio de incentivar à distância.
“Todo nosso ambiente de trabalho já estava na nuvem o que facilitou muito a migração. Estamos desde março do ano passado com 100% do time em suas casas. Com isso podemos perceber pontos positivos e pontos que precisamos nos educar ainda sobre esse modelo.”, explicou Pedro Bannura, CEO da Digi.
O executivo salienta que há vários pontos positivos na atuação remota. Os profissionais podem, por exemplo, otimizar o tempo e passar mais tempo com a família.
Além disso, o trabalho remoto abre muito o leque de talentos. Afinal de contas, é possível contar com profissionais de diversos lugares do mundo.
No entanto, o fato de muitas empresas e até mesmo profissionais não saberem a real rotina do Home Office acabou gerando várias consequências que precisam ser trabalhadas, como o acúmulo de tarefas, o excesso de cobrança e também o alto nível de ansiedade.
Para ele, o primeiro passo para incentivar os colaboradores à distância é buscar a inovação.
“Precisamos reinventar a forma de motivar e inspirar superação através de nossas campanhas, fazendo uso de ferramentas que já estavam à disposição, como: Lives, treinamento on-line gamificado, ensinando o participante a vender de um jeito diferente do que estava acostumado, proporcionando reconhecimento e pertencimento para manter esse público engajado.”, afirma Pedro.
“Aqui na Digi o remote office veio pra ficar já estamos dominando essa metodologia e não sentiremos falta do velho modelo.”, finaliza.
Acolhimento é indispensável!
Outro ponto importante para que o marketing de incentivo seja uma realidade mesmo com todos trabalhando remotamente é acolhimento. Pesquisas apontam que, por conta do novo trabalho, muitos profissionais acabam trabalhando até 4 horas a mais por dia.
Consequentemente, a saúde mental desses profissionais também é afetada. Não é à toa que nesse um ano de pandemia, a síndrome de Burnout teve aumento nas taxas em todo o mundo.
Segundo a pesquisa do LinkedIn, 24% dos entrevistados se sentem pressionados a responder mais rapidamente e estar online por mais tempo do que normalmente estariam. Além disso, 20% enfrentam dificuldades para conciliar o trabalho e o cuidado com os filhos.
Não podemos esquecer, também, no cenário de incertezas provocado pela pandemia. Tudo isso, na maioria das vezes, faz que esses colaboradores se sintam sem o suporte necessário, e elevem o nível de cobrança.
A sócia-fundadora da Mark Up, Silva Torres, salienta a importância desse acolhimento, e explica como as ações de incentivo são mantidas dentro da agência, nesse momento onde muitos colaboradores estão trabalhando em casa.
“Mais do que nunca, as pessoas precisam se sentir acolhidas e valorizadas como protagonistas de suas jornadas. Na Mark Up, isso vale tanto para a gestão da nossa equipe quanto para a maneira como pensamos o nosso negócio.”, explica a executiva.
De acordo com ela, graças aos recursos tecnológicos existentes, e ao mindset data driven, que é um dos pilares do Incentivo 4.0 a agência não parou de incentivar em meio a pandemia. Mesmo que ações tradicionais como a viagens de incentivo não possam ser realizadas, há muitas outras possibilidades para manter os colaboradores incentivados e motivados.
“Se eu tivesse que eleger uma competência que nos manteve competitivos neste cenário, sem dúvida seria a adaptabilidade. Mais uma vez, isso vale para as nossas entregas, adaptando formatos de premiações que antes seriam viagens, por exemplo, mas também para nossos colaboradores e o nosso negócio. Porém, há muito mais!”, afirma Silvana.
“Vivenciamos um grande movimento na agência, denominado Maratona 4.0, um deep dive em tendências e conceitos inovadores que já estão sendo colocados em prática. Metodologias ágeis, ambidestria corporativa e transformação digital são alguns dos pilares sobre os quais estamos construindo o nosso futuro.”, finaliza a executiva.
A verdade é que o incentivo hoje está mais atrelado ainda ao lado humano dos empreendimentos. E tendo em vista que o home office é um modelo que veio para ficar, é essencial que as empresas se adaptem e enxerguem as novas necessidades dos colabores, e entendam os desafios de cada um.
Somente assim será possível desenvolver estratégias humanas, assertivas e que contribuam para o crescimento de todos.