– “Se você não é conformista, você é ativista.” É com essa assinatura e abordagem leve, que o Instituto Avon estreia, nessa sexta-feira, dia 20, uma campanha nas plataformas digitais da marca para a conscientização e o posicionamento da sociedade em prol do enfrentamento das violências praticadas contra mulheres e meninas no Brasil.
A ideia principal da ação criada pela Wieden+Kennedy é desmistificar o caráter radical do ativismo, oferecendo diferentes formas de protestar diante das violências de gênero.
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A pandemia e o isolamento social amplificaram e evidenciou os problemas que já existiam para lidar com a violência contra as mulheres e meninas: Baixa compreensão sobre os tipos de violências; desconfiança das mulheres nos serviços de atendimento; preparo deficitário para atendimento acolhedor de mulheres e crianças nas instituições; baixo número de iniciativas com os homens; e, a disseminação de ideias que fazem com que boa parte das pessoas responsabilize a vítima pela violência que ela sofreu, perpetue a ideia de que “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher (mete sim!)” ou ainda entenda que violência é problema de polícia.
Por-outro lado, os esforços coletivos de todos — governos, corporações, pessoas — durante a pandemia revelou que colaborar e apoiar o fim da violência contra mulheres e meninas pode não só abreviar a resposta quanto fazer a diferença nos esforços de prevenção às violências e proteção às mulheres no Brasil, basta começar a agir.
Diante desse contexto, a campanha tem como principal objetivo a ressignificação da conduta estereotipada do ativista, mostrando que existem vários jeitos de enfrentar as violências contra mulheres e meninas.
Basta você encontrar o seu, e, assim, contestar padrões, combater conceitos machistas e interromper comportamentos violentos contra a mulher.
“Dois dos pilares de atuação do Instituto Avon são a promoção do conhecimento e do engajamento da sociedade. Neste sentido, criamos essa campanha para ajudar as pessoas a adotarem pequenas atitudes transformadoras, no dia a dia, para o posicionamento em relação à defesa da mulher. Diante de números tão alarmantes, não podemos nos furtar de agir – seja de modo veemente e ousado, seja de modo sutil e bem-humorado. A ideia é apresentar saídas possíveis para que cada um se manifeste, à sua maneira, e conteste padrões que reforçam o papel submisso da mulher e, assim, juntos, colaboremos para enfrentar a violência contra mulheres e meninas.”, destaca Daniela Grelin, diretora-executiva do Instituto Avon.
Confira-aqui, aqui e aqui três dos seis filmes de 45s que integram a campanha e que por meio de ilustrações simples e linguagem leve descrevem diferentes tipos de ativistas que, ao seu modo, contribuem para provocar mudanças necessárias na nossa sociedade.
A estratégia foi desenvolvida com foco nas redes sociais, onde está o público-alvo da campanha, com posts com conteúdo diário que a cada dia mostra tipos diferentes de ativismo para servirem de inspiração.
A campanha será replicada pelas empresas signatárias da Coalizão Empresarial pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas e, também, em todas as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Para Mariana Borga, diretora de criação da agência, “A gente não queria apenas falar com convertidos, ou com os ativistas clichês do imaginário popular, que são pessoas que já são conscientes das suas ações e que enfrentam cotidianamente a violência contra a mulher. A gente queria converter novas pessoas mostrando que o ativismo é múltiplo e que até você que não imagina que é um ativista, talvez seja um – e tenha mais poder nas suas mãos do que imagina.”
Os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres começam, no Brasil, no dia 20 de novembro – data em que é comemorado o Dia da Consciência Negra – e se encerra no dia 10 de dezembro, quando se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Esse momento, também chamado de período laranja, é voltado para a mobilização e educação da sociedade para a erradicação da violência de gênero.