Os Jogos Olímpicos de 2020, bem como os Paralímpicos, serão os primeiros da história a utilizar um sistema de reconhecimento facial para controlar a entrada e saída de atletas, profissionais das delegações e imprensa dos recintos que necessitam de credencial.
A decisão, que partiu do próprio comitê da organização, embasa em motivos de segurança para evitar o roubo de credenciais e o acesso de pessoas não-autorizadas em locais absolutamente restritos. De acordo com o The Japan Times, mesmo dois anos antes do início, já foram registrados casos do tipo nas estruturas da capital japonesa.
Por enquanto, sabe-se que o sistema detectará rostos de pessoas e irá comparar em sua grandiosa base de dados para que consiga buscar possíveis discrepâncias. O controle será visto nas entradas de recintos olímpicos e salas de imprensa. Ao todo, o comitê organizador de Tóquio terá para si entre 300 mil e 400 mil rostos registrados, com fotografia, números de documentos, delegação e/ou veículo de imprensa de origem. A japonesa NEC Corp será a responsável por oferecer a tecnologia.
A empresa, por sua vez, já utiliza o sistema de reconhecimento, intitulado NeoFace, no aeroporto de Haneda, no Japão, desde outubro. Infelizmente, ele não será aplicado aos espectadores e demais frequentadores dos Jogos.
Além do quesito segurança, a iniciativa do Comitê Organizador espera também reduzir o tempo de espera para a entrada nos estádios e arenas, bem como tentar evitar ao máximo a formação de filas. O sistema já foi utilizado pela delegação japonesa nos Jogos Olímpicos do Rio.