Nessa semana estive fazendo palestras no Nordeste, especificamente em Recife, por conta do Live Marketing na Universidade.
Primeiro quero registrar que o Live Marketing nas Universidades é um produto da Ampro, criado há mais de oito anos, inicialmente com o nome de Sampro – vocês devem lembrar, porque todos os anos a gente divulgava aqui.
Este ano, nosso projeto, da Ampro e do GEA, grupo que comecei a coordenar recentemente, num Conselho formado pela Mônica Schiaschio e a Alexa Carvalho, determinou a mudança do nome Sampro para Live Marketing nas Universidades, por sinal nome sugerido por mim ao Conselho, com o fito de levar de vez a nova nomenclatura para o meio acadêmico.
Ou seja, o Live Marketing nas Universidades é uma iniciativa nacional que pertence à Ampro, seu Capítulo Nordeste e Diretorias (Sudeste – Rio, Minas e Espírito Santo; Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina; São Paulo Interior e Distrito Federal e Centro Oeste).
Assim, feito o preâmbulo necessário para esclarecer, continuo a dizer da minha alegria em estar palestrando em Recife.
No primeiro dia, falamos para os estudantes da Faculdade de Boa Viagem, onde tivemos casa cheia e um público interativo e instigado, que contava não apenas com estudantes e professores, mas também com profissionais do mercado, inclusive uma agência de Maceió, a Pense Promo, com os quais tivemos um bom papo sobre o mercado.
No dia seguinte, pela manhã, estivemos na Universidade Católica de Recife, e, mais uma vez, com o público lotando o espaço, pudemos falar sobre live marketing e as emoções das experiências de marca. Começamos falando às 10h e só saímos de lá por volta da 12h30, por conta das inúmeras perguntas e do interesse de professores e alunos no nosso segmento.
À noite, seguimos rumo a Caruaru para a bela Unifavip – Centro Universitário Faculdade do Vale do Ipojuca. Olha, que experiência fantástica eu tive com o pessoal da instituição. Dos professores, passando pelos profissionais do mercado de Caruaru, aos alunos inteligentes e conhecedores profundos de Comunicação. Vi, com alegria, minha tese sobre o talento nordestino se confirmar.
Há tempos venho falando aqui no Promocitários de meu carinho, admiração e respeito pelo povo e pelo talento criativo do pessoal de Live marketing, Publicidade e Comunicação do Nordeste. Terra de craques, de gente especialíssima.
Não há o que estranhar se pensarmos que o grosso dos grandes talentos do texto brasileiro vieram do Nordeste, que a Marcativa, da Bahia, é a campeã de Globes mundiais e que a grande sensação do Globes 2014 foi a Faz Promo, do Maranhão, e que a Ampla, mais uma vez, ganha prêmios à granel.
A oportunidade que o Milton Santana, presidente do Capítulo Nordeste, me deu é impagável. A capacidade acadêmica e o cuidado com o projeto da querida professora Izabela Domingues, curadora do Live Marketing nas Universidades, em Recife, e autora do livro Terrorismo da Marca, cuja leitura recomendo, demonstrou que só podia redundar em sucesso.
Não menos importantes, agradeço ao João Uchoa, à Mayara Araujo, à professora Livia Valença da Unifavip e a todos os professores, cujos nomes me falharam, mas que estão no meu coração, aos alunos da Boa Viagem, da Católica e do Vale do Ipojuca minha eterna gratidão por confirmarem minha tese. Vocês são arretados de bom (nem sei se esse termo existe assim, mas foi o que me veio à cabeça).
Vejo um futuro brilhante na Comunicação brasileira passando pelo Nordeste. Vejo o mercado de lá “bombando” nos próximos dez anos, e, me vejo lá, como muitos profissionais e empresas que vislumbram o futuro.
Se dependesse da Val, minha esposa, eu já estava morando no Nordeste há muito tempo. Ela, com sua paixão de, literalmente, chorar quando chega em Recife, terra que ama. Eu, com meu coração dividido entre Salvador, oh! meu Rei, e Recife de tantos amigos e belezas.
Às vezes me pego sonhando vivendo por lá. E ouço a explicação sábia, como em sonho recente, do grande mestre Ariano Suassuna, como se íntimo dele fosse.
Nós dois, deitados na rede, olhando o mar pernambucano e eu digo:
– Mestre, por que essa vontade doida de um mineiro/carioca querer entrar no coração do Nordeste e vivê-lo como seu?
Ariano, sorri, vira pra mim e diz, com sua suavidade:
– Porque a gente nasce no ar, não no corpo, feito filho do vento. E o vento leva a gente para onde o nosso coração está. Não é você que quer entrar no Nordeste é o Nordeste que quer entrar em você. O Cordel, o frevo, a cultura, o Senhor do Bonfim, a batida do Olodum e a beleza da mistura das cores e raças é que te reconheceram e estão te chamando.
– E o que eu faço!
– Não faça. Deixe o vento fazer. Vem cá que lhe dou um cheiro.
E eu acordei em Recife.