Se você já é um criador de experiências para comunidades específicas por intermédio das técnicas utilizadas em eventos deve ter dado risada deste título. Como assim follow up?
Mas a grande maioria dos profissionais envolvida no setor deve entender também que quando eu falo que evento é follow up, estamos falando do passado, correto?
Foi-se a época que um bom organizador de eventos era uma pessoa organizada e antenada. Bastava ter boas conexões (freelancers, conhecer lugares descolados, saber fazer uma planilha de custos, etc.), um cronograma decente e uma verba aprovada que conseguíamos produzir maravilhas inesquecíveis. Convenções, festas de lançamento, congressos…
A-lista é longa! Mas a fórmula era bem parecida. Alvarás, contratos, AV, A&B, geradores, manobristas…
Muda a “casca”, mas o “miolo” sempre foi parecido. B2B ou BC2. E o mundo era feliz!
Com a pandemia tudo se acelerou. Síndrome de Zoom e Teams para todo lado.
Nessa hora, começamos a nos questionar o que fazíamos. Se fazíamos, pois todos os eventos foram cancelados ou adiados. Muita gente perdeu o rumo com essa confusão toda.
Se eu não consigo trabalhar por causa da pandemia, vou conseguir quando?
Pessoas vão se sentir seguras em participar de evento quando e como?
O que eu posso fazer neste período de paralisação dos eventos? As perguntas são infinitas. As respostas ainda incertas.
Mas uma coisa consigo afirmar. Evento não é follow up.
Todas as características (positivas) que nos trouxeram até este momento deixam de ser preponderantes. Não perdem a importância ou relevância, pois quem organiza encontros de comunidades continua precisando ser antenado(a) e organizado(a).
Mas a mudança chave é essa. Não são mais eventos, são encontros de comunidades.
Comunidades como pessoas que possuem interesses em comum. Pessoais ou profissionais, e, portanto, como um ex organizador de eventos, temos, agora, que nos reinventar.
Não é mais sobre alvarás, contratos, AV, A&B, geradores e manobristas. É tudo isso, e mais!
Precisamos agora agir como líderes destas comunidades de indivíduos. Conhecer os seus interesses e hábitos. Agir como líderes mesmo….
O face to face (F2F) não acabará nunca. Somos gregários. #eventospresenciaisforever. Mas, agora, o desafio é entender como, porque e quando as comunidades se reúnem.
Presencial, virtual ou híbrido… o formato é indiferente. Quem manda é a comunidade.
Saber criar experiências utilizando a técnica de eventos para agregar comunidades em datas e locais relevantes é a nova missão de todos nós.
Quem escolheu trabalhar no setor de live marketing sabe que não é uma atividade para fracos. Resiliência é tudo. Coragem é necessária para saber mudar. Coragem e conhecimento para saber evoluir também são fundamentais. Boa sorte!