Representantes da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – Abrape, Mac Lovio Solek, vice-presidente da Região Sul; Associação Brasileira de Empresas de Eventos – Abeoc-PR, Fábio Skraba; Passeata Técnica CWB, Fabiano Wolochyn e Sandriane Fantinato foram recebidos na última sexta (18/09) na secretaria do governo na Prefeitura de Curitiba pelo secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur; pela superintendente-executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Beatriz Battistella Nadas; pelo vereador Pier Petruzziello; pela presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra; e pela presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Claudia de Castro, para discutir a retomada urgente do setor de eventos na cidade.
Durante a reunião, foi discutido a defesa de paliativos claros para que a subsistência do setor seja garantida até que os eventos possam retornar de forma ampla, como o auxílio emergencial e Lei Aldir Blanc; os editais de linha de crédito voltada para o setor que necessitam ter uma divulgação ampla para atender todas as categorias, pois existe uma grande variedade e quantidade de profissionais inseridos nesse segmento.
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‘’Os recursos federais e municipais são muito importantes nesse momento, para ajudar as empresas, principalmente, a garantir empregos aos colaboradores, como também ajudar aos profissionais de eventos e músicos, mas, infelizmente, poucas pessoas se beneficiaram de recursos anunciados que dificilmente chegam na ponta. Nesse momento, se os governos nos deixassem trabalhar, empresas e profissionais, poderíamos de forma mais direta e efetiva minimizar um pouco a crise do setor que está em frangalhos.”, fala Mac Lovio Solek, vice- presidente da Abrape na Região Sul.
Também foi apresentado pela Abrape, um protocolo com as sugestões para a realização dos mais diversos tipos de eventos e de forma responsável e segura.
Na conversa, foi abordado também o descaso de uma parte da população no consumo de serviços e produtos em alguns ramos de atividades, onde não são tomados os cuidados devidos pelos empresários, pelos consumidores e também não são fiscalizados de forma adequada pelos governos, o que colabora para esse retorno dos eventos ser ainda mais moroso.
“Cada vez mais somos jogados para longe do nosso retorno. A desculpa são índices ruins impulsionados pelo descaso de órgãos públicos, empresários e consumidores irresponsáveis.”, comenta Mac.
Assim como está acontecendo em algumas cidades, foi colocado em pauta ao final da reunião a realização de dois eventos-teste na Capital paranaense, com protocolos específicos, que devem ser realizados a partir da segunda quinzena do mês de outubro, que serão validados pelos gestores das secretarias que tratam diretamente do tema.
A ideia é que um deles seja uma feira de negócios, e o outro será um show musical, pioneiro no Brasil.”A partir da próxima semana afinaremos isso, lembrando que a excelência do modelo vai primar pela saúde e integridade dos participantes e profissionais envolvidos na realização, com o objetivo de vislumbrar como seria uma possível retomada do setor diante de protocolos, normas, muito controle e seriedade.”, finaliza Mac Lovio Solek.
A entidade estima ainda que esse número possa chegar à casa dos bilho?es se somada toda a cadeia produtiva do setor de eventos, que envolve em torno de 60 mil empresas.
O prejuízo frustrou as boas expectativas desse mercado para 2020, que estimava um aumento de receitas em shows e eventos de 6,15% em relação ao ano passado. Até outubro mais de 450 mil eventos deixarão de acontecer.
Expectativa 2020 (aumento da receita em shows)
+ 6,15% em relação a 2019.
Realidade
+ de 90% dos eventos previstos foram cancelados, adiados ou situação incerta.
+ de 450 mil eventos deixarão de acontecer até outubro.
Estimativa desemprego no setor
Abril: 240 mil pessoas.
Agosto: 563 mil pessoas.
Outubro: 841 mil pessoas.