Feiras

Setor de eventos busca apoio para lançamento de novo dimensionamento nacional do mercado

Depois de 10 anos do último dimensionamento nacional do setor de eventos, painel no ESFE ressaltou oportunidades para investimentos em novo estudo do mercado, que segue em ascensão pós-pandemia.

Depois da divulgação do Barômetro Eventos B2B, com dados da retomada do mercado de eventos de negócios em São Paulo, Paulo Octavio Pereira de Almeida (P.O), diretor-executivo da UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) ressaltou a importância da união do setor e do investimento em um novo dimensionamento econômico nacional para a menção do tamanho e das oportunidades geradas pela indústria de eventos no Brasil. 

O assunto foi tratado durante o primeiro painel do 18º ESFE – Encontro do Setor de Feiras e Eventos, com questões relevantes sobre o setor, que gera empregos e possui um grande volume de empresas em âmbito nacional.

Existem-80 tipos de eventos catalogados no Brasil e precisamos de um estudo atualizado, especialmente pós-pandemia, por meio do qual poderemos entender as reais dimensões desse mercado no país, e qual é o impacto, de fato, dos eventos. A UBRAFE fez um levantamento muito positivo na região de São Paulo, mas, como uma árvore em meio a uma floresta, temos informações apenas de uma pequena parte. Para que possamos desenvolver e promover estratégias interessantes para o setor no Brasil, precisamos entender a floresta”, declarou.

Ao lado de P.O., participaram do painel Armando Arruda Pereira, consultor da UBRAFE e presidente do CONTURESP; Fátima Facuri, presidente da ABEOC Brasil – Associação Brasileira das Empresas de Eventos; Paulo Passos, presidente-executivo da ABRACE – Associação Brasileira de Cenografia e Estandes; Carlos Corrêa, presidente-executivo da APAS – Associação Paulista de Supermercados; Erisson Matos, CEO da Yes Móvel Show; e Osório Neto, CEO da Octarte. Entre os assuntos discutidos, foi tratada a importância da obtenção de apoio para o custeio de um novo dimensionamento econômico nacional do setor. O último – o II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos foi feito pela ABEOC em parceria com o Sebrae, em 2013.

Estamos buscando parcerias que possam contribuir com esse estudo junto à UBRAFE. A terminologia Eventos é muito ampla, esse terceiro dimensionamento é muito importante para desmistificar essa palavra, mostrando todas as possíveis oportunidades que o setor de eventos tem e, mais importante do que isso, definir qual é o tamanho real desse mercado”, afirma P.O.

O vereador Rodrigo Goulart (PSD), que preside a Comissão de Eventos na Câmara Municipal de São Paulo, participou do painel a convite da organização do ESFE e afirmou: “Dados são importantes em todos os segmentos, para nós, do poder público também, em especial para a tomada de decisões, das medidas e políticas públicas sobre o setor. Contem com nosso apoio, a possibilidade do poder público auxiliar de alguma forma, inclusive com parte desse financiamento, já falei com o Prefeito sobre isso”, afirmou Goulart.

Na oportunidade, Rodrigo Goulart comentou ainda sobre o compromisso de medidas que o município de São Paulo tem feito em prol do setor, comentou sobre nova portaria, a ser publicada em breve, para fazer valer o direito de protocolo aos pavilhões; sobre a mudança na renovatória das licenças dos pavilhões, atualmente de 1 ano, para 2 anos; sobre um decreto em cima da tipologia dos eventos junto à ABNT, protocolado na Câmara e outras medidas em benefício do mercado de eventos em São Paulo.

Barômetro Eventos B2B São Paulo 

No último mês de março, a UBRAFE, em parceria com a SPTuis, divulgou o primeiro levantamento quantitativo regional sobre o setor de eventos, com foco na geração de negócios, pós-pandemia. Com dados gerais que apresentam um balanço positivo no segundo semestre de 2022 e boas expectativas para 2023, o estudo aponta que a retomada aconteceu nos meses de maio e junho de 2022, com um segundo semestre registrando cerca de 1,7 milhão de visitantes nos eventos de grande e médio porte, somente em São Paulo.

Foram um total de 650 eventos considerados de porte grande e mega, todos acima de 700 pessoas, contabilizando um total de 5,5 milhões de participantes, somente no segundo semestre de 2022. Destes, 70% dos participantes são residentes da grande São Paulo, enquanto 30% são de fora do estado.

Para 2023, a expectativa é de pelo menos 1500 eventos B2B de porte grande ou mega na cidade de São Paulo, ou seja, 10% a mais que o registrado no segundo semestre de 2022. Com toda essa movimentação, a entidade estima receber uma média de 4 milhões de turistas de negócios, somente nos eventos realizados nas principais venues da cidade. Considerando que cada turista deva passar em média três dias na capital e investir cerca de R$ 3,5 mil em transporte, alimentação e hotel, a cidade de São Paulo deverá ter um impacto de R$ 14 bilhões.

Foto: Divulgação