A cidade de Buenos Aires será a próxima a acolher o maior evento de música e entretenimento do mundo, logo uma semana depois da realização do Rock in Rio Brasil 2013, no Rio de Janeiro.
O criador e presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, considera que a chegada à Argentina constitui um “passo importante” para o crescimento da marca a nível global.
Roberto Medina se reuniu várias vezes com o chefe do governo argentino, Maurício Macri, para fechar o acordo entre a cidade de Buenos Aires e o Rock in Rio. Após a assinatura do Protocolo de Intenções, que deverá acontecer num período de 60 a 90 dias, segue-se o contrato definitivo.
O ministro da Cultura argentino, Hernán Lombardi, também colaborou com a organização, a fim de garantir o projeto na capital argentina. “Os argentinos, entre os povos latino americanos, são dos mais apaixonados pela música e, em especial, pelo ‘rock’.
Além disso, a marca Rock in Rio é muito conhecida no país e sempre esteve muito presente nos seus 27 anos de história”, afirma o presidente evento.
O responsável considera ainda que a entrada do Rock in Rio na Argentina é “Mais um passo importante para o crescimento da marca a nível global e trará, certamente, grandes benefícios para o país, pela capacidade de mobilização que tem e pelo impacto econômico que gera”.
Realizar o Rock in Rio em Lisboa foi um passo natural, devido aos vínculos entre o Brasil e Portugal e chegar à Espanha, em 2008, significou o reforço da presença na Europa e também uma ponte para conquistar países de língua espanhola. O Rock in Rio-Buenos Aires pressupõe, desta forma, uma evolução lógica e compassada na história do evento.
Para além do elevado potencial das economias argentina e latino-americana em geral, o consumo de cultura neste país e a sua importância dentro dos circuitos de ‘rock’ foram decisivos.
No verão passado, por exemplo, o artista britânico Roger Waters realizou dez concertos e todos os bilhetes esgotaram. Por outro lado, a organização acredita que a proximidade física entre a Argentina e o Brasil, e o grande sucesso do evento neste último país — com previsão de novamente esgotar todos os bilhetes em poucos dias de venda — favorecerá a deslocação de muitos brasileiros para a Argentina, aumentando o impacto econômico do evento. Esta perspetiva é ainda confirmada pelo fato de que passar um fim-de-semana em Buenos Aires, partindo de São Paulo ou de outra cidade brasileira, custa menos do que viajar dentro do Brasil, uma consequência do aumento de preços que este país está vivendo.
De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Rock in Rio gerou 460 milhões de dólares para a cidade, o que leva a crer que na Argentina os resultados econômicos serão consideráveis, somando-se à visibilidade que a cidade terá em todo o mundo.
O retorno de comunicação do evento está estimado em 150 milhões de dólares. A chegada do evento a Buenos Aires começará em breve a ser comunicada, aproveitando as próximas edições do Rock in Rio em Lisboa, Madrid e no Brasil.
A atuação de bandas argentinas em algumas destas edições também está prevista, dando continuidade ao intercâmbio musical entre os países por onde passa.
Apesar de ainda não serem conhecidas datas e detalhes do Rock in Rio-Buenos Aires, a organização do Rock in Rio pôde adiantar que a quarta Cidade do Rock será construída a quinze minutos da capital, no antigo Parque da Cidade, contará com 200 mil metros quadrados e terá capacidade para receber 100 mil pessoas por dia.