A Muse sabe muito bem que, no cenário desafiador das agências de live marketing, brand experience e eventos, a busca pela excelência e estabilidade é uma jornada contínua. Em meio a uma concorrência acirrada e um ambiente de negócios em constante evolução, as agências costumam se deparar com desafios que vão além da simples competição. E, em um mundo onde as mudanças internas podem acirrar disputas, a resiliência e a capacidade de se adaptar são algo imperativo.
Nesta matéria, o Promoview mergulhou no universo da agência Muse, que tem demonstrado resiliência notável em um setor caracterizado pela volatilidade. Drielly Bispo, fundadora da Muse, revela, neste conteúdo, como aborda a competição e busca manter a posição da agência no mercado, enquanto prioriza o bem-estar da equipe em um ambiente onde a pressão é constante.
Quais estratégias a Muse adotou para se manter relevante e competitiva ao longo do tempo em um setor altamente competitivo?
Somos uma agência relativamente nova, estamos no mercado há quatro anos, mas posso dizer que nesse período de atuação, tivemos projetos bem relevantes, de clientes grandes, que nos deu uma expertise muito boa. Isso nos ajuda em nosso portfólio de apresentação para clientes novos. Além disso, por sermos uma agência do interior de São Paulo, o valor cobrado acaba sendo bem competitivo em relação às agências da capital, sem prejuízo na qualidade do trabalho entregue, pois temos fornecedores de primeira e um time de profissionais que consegue ativar um projeto em qualquer parte do país.
Quais desafios específicos a Muse enfrentou devido à concorrência e como os superou?
Concorrências de última hora é algo bem complicado de lidar e acontece com mais frequência do que gostaríamos. Às vezes, temos uma semana para criar e desenvolver um projeto gigantesco e, para isso, precisamos remanejar o trabalho de todo o time, conciliar com outros trabalhos que estavam sendo desenvolvidos. Algumas vezes, até contratamos um profissional freelancer para desenvolver algo mais específico e que vá dar um diferencial ao projeto. Uma concorrência mexe muito com toda a estrutura da agência e o pior disso tudo é que depois de tanto empenho e esforço, na maioria das vezes, não temos um feedback sobre o que foi apresentado, o motivo de o projeto não ter sido o escolhido. Acho que em respeito ao nosso trabalho, o mínimo seria termos um retorno disso tudo, até porque isso também nos ajuda em nosso crescimento, um feedback é algo muito construtivo para nós.
Como a Muse evita se tornar excessivamente dependente de um único cliente grande e como busca diversificar sua base de clientes?
Esse é um problema que acho que toda agência já enfrentou ou ainda enfrenta, principalmente, as menores, como é o nosso caso. É um desafio muito grande ter mais de um cliente que demanda tanto, então a gente sempre vai ter um que é grande, tem mais demandas e outros menores. Mas sabemos que é importante não termos essa dependência do grande e estamos sempre tentando prospectar novos clientes. A Muse está com um projeto de ampliação e expansão para o próximo ano, vamos abrir uma filial em São Paulo por conta da facilidade que essa localização na capital vai nos proporcionar em termos de estarmos mais perto de onde tudo acontece, a possibilidade de estreitar relacionamentos, conhecer novas oportunidades…
Mudanças internas em uma agência podem desencadear movimentos de pessoal e concorrência interna. Como a Muse mantém a coesão da equipe e promove um ambiente de trabalho saudável nesse contexto?
É um grande desafio porque a forma como o mercado de live marketing trabalha hoje, com concorrências de job a job, deixa todo mundo com uma sensação de instabilidade e até mesmo frustração constantes. Buscamos sempre trabalhar a motivação da equipe, promover a integração e um clima organizacional saudável para que todos nós passemos pelos percalços juntos, em um clima de união. Nossa equipe tem um perfil muito coeso e integrado e isso nos fortalece como um grupo.
Em um mercado instável e sujeito a mudanças constantes, como a Muse equilibra a busca por inovação e a estabilidade necessária para o sucesso a longo prazo?
Quem atua com comunicação precisa estar sempre muito bem informado, acompanhar a evolução de perfil do consumidor, então, nos atualizamos constantemente por meio de muito estudo e pesquisa sobre tendências, inovações etc. Tudo isso para que possamos apresentar projetos mais assertivos aos clientes, com diferenciais de mercado.
Quais práticas a Muse recomenda implementar para apoiar a saúde mental de uma equipe?
Nós temos uma política de comunicação aberta e transparente com nossos colaboradores, como disse acima, temos uma equipe muito bem integrada e unida e percebo que isso faz muita diferença no dia a dia, pois todo mundo sabe que pode expressar suas preocupações e dar sugestões, isso ajuda a promover um ambiente de trabalho mais acolhedor e saudável.
Como a Muse incentiva a aprendizagem contínua e o desenvolvimento profissional de seus colaboradores?
Nossa equipe tem consciência de que para oferecermos um bom trabalho e conseguirmos mais clientes, precisamos estar sempre em busca de conhecimento, de novas informações. Incentivamos a leitura, a pesquisa, compartilhamos novidades que chegam até nós com a equipe. Estamos com o projeto do MuseLab, que ainda está em fase embrionária, mas que pretende ser um espaço para cursos e palestras gratuitas não só voltados ao nosso setor e para os nossos colaboradores, mas com enfoques diversos e abertos a toda a comunidade. Dentro do MuseLab queremos colocar em prática um programa de desenvolvimento pessoal e profissional para ajudar cada colaborador a desenvolver suas habilidades para seu crescimento profissional e também para o seu bem-estar pessoal.
Qual é a abordagem da Muse para a gestão de relacionamentos com os clientes?
Nós sempre buscamos estabelecer um relacionamento próximo e transparente com nossos clientes, uma relação de confiança mesmo. Estamos sempre muito atentos na rápida resolução de problemas e na busca por soluções com ótimo custo-benefício. Isso tudo é muito importante para termos a confiança do cliente, mas enquanto não repensarmos o modo como o mercado atua (concorrência job a job), nos sentimos frustrados de certa forma porque como ter uma relação sólida em um mercado tão incerto? Precisamos falar mais sobre isso e as agências precisam se unir mais em busca de mudanças.
Quais histórias de sucesso ou projetos notáveis da Muse exemplificam a capacidade de enfrentar desafios e superar a concorrência?
Como disse anteriormente, nossa agência é relativamente nova, mas já fizemos ativações em grandes eventos em diversas partes do país. Nos estruturamos bastante ao longo dessa jornada e com a experiência adquirida, estamos aptos a realizar ativações em grandes eventos. Já mostramos que as agências do interior têm muito potencial e que somos capazes de desenvolver grandes projetos.
Nas turnês do Guns’n Roses e Iron Maiden no Brasil, fizemos ativações da cerveja Black Princess e TNT Energy Drink, que eram os patrocinadores dos eventos. Como alguns desses shows aconteceram nas mesmas dadas, por sermos uma agência de pequeno porte, nosso maior desafio foi executar projetos simultâneos em diferentes cidades. A produção do lançamento do chope Ita-Draft Tardezinha, no Rio de Janeiro, no começo deste ano foi outro projeto desafiador porque fomos responsáveis não só pela produção, mas também realização do evento, cujo contrato foi fechado conosco pouco tempo antes de sua realização. Viabilizar um evento desse porte em pleno fim e começo de ano, época em que muitos fornecedores estão em recesso foi um desfio e tanto, mas temos parceiros competentes e comprometidos, além de um time próprio com bastante expertise em viabilizar o que for preciso para um evento e tudo acabou dando muito certo, foi um sucesso.
Qual é o futuro do setor de comunicação e live marketing, e como a Muse planeja se adaptar às novas tendências e demandas do mercado?
O mercado de comunicação evolui a cada dia, o perfil do consumidor evolui, surgem sempre novas tecnologias, a inovação é constante. A inteligência artificial estará cada vez mais presente e isso trará mudanças significativas. Não há outra saída a não ser nos mantermos sempre informados e em sintonia com o as novidades e mudanças no perfil do consumidor, que está cada vez mais exigente e em busca de inovações e novas experiências.
Quais conselhos a Muse tem para outras agências que enfrentam desafios semelhantes em relação à concorrência e à gestão de pessoal em um mercado dinâmico?
Dar conselhos é sempre muito complicado porque cada um tem sua realidade, sua particularidade e eu, no momento, estou mais no caminho de aprender ainda do que ensinar. Mas o que posso dizer em relação à minha realidade e experiência nesses quatro anos de mercado é que é preciso ter resiliência e persistência, não se deixar abater pelos percalços que aparecem, pelas concorrências não ganhas. Precisamos estar sempre em busca de novos conhecimentos, estarmos atentos às novidades e buscarmos a superação sempre, não se acomodar. Sobre a gestão de pessoal, acho que a chave de tudo é a gestão transparente e acolhedora, estar sempre aberta ao diálogo com a equipe é muito importante para o clima organizacional.
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