É bonito de ver a articulação e a união dos players do mercado de live marketing para torná-lo mais justo e menos predatório, assim alcançando vitórias efetivas ao setor. Confesso que achava difícil que isso acontecesse. Mas aconteceu.
A pandemia do Covid-19 é uma das coisas mais tristes que acompanhei até aqui, com tantas mortes de CPFs e CNPJs. Mas ela também está servindo para escancarar as injustiças do mercado e obrigar que ele se transforme.
Apesar de ter nascido no live marketing e atuar com ele até hoje, minha agência atua menos do que eu gostaria neste segmento, já que entramos com mais força em branding, endomarketing, treinamento de equipe, digital e ponto de venda.
Motivo: Não gosto de participar de concorrências de jobs, pois entendo muitas como não amigáveis. Se é pra concorrer, que seja por FEE. Job é tático, FEE é estratégico (para agência e cliente).
Há 7 anos empreendendo participei de pouquíssimas concorrências, sempre tendo conseguido manter a empresa saudável e prosperando quase unicamente com FEEs. Com isso, claro, executamos menos ações de live marketing que poderíamos. Fico chateado por isso, mas era e é o melhor a nós até o momento.
Como concorrer com 5 ou 6 agências, investindo tempo e dinheiro em concorrências que, se ganhas, seriam pagas em 90 dias ou mais? Sou agência, não apostador ou Banco.
Meu trabalho é fazer marcas se tornarem mais fortes e ajudar o giro dos seus produtos no ponto de venda, e não estar frequentemente em concorrências com outros players do mercado.
Sempre me perguntei: Como ser estratégico de verdade atuando em apenas um job? Estratégia tem começo, meio e fim, e, para isso, precisamos de vários jobs que, amarrados entre si, entregam resultados ainda maiores aos clientes.
Precisamos de frequência de jobs para aprendermos com acertos e erros. Precisamos de relacionamento com o cliente. E isso pede jobs sucessivos.
Confesso que pensei que este mercado não mudaria, e ficava triste por isso. Mas lendo o Promoview diariamente e acompanhando as ações eficientes e estratégicas da Ampro e dos players do mercado que têm voz, respiro confiante. Vejo que as primeiras vitórias vieram e que se seguirmos em frente, outras virão.
Depois de vencermos esta briga, sugiro outra: Fortalecer os profissionais de live marketing como um todo, investindo na vitalidade de todos os membros do nosso setor. Agências, fornecedores e profissionais com mais reconhecimento, grana no bolso e tempo para viver a vida – dentro e fora da agência.
O caminho que temos pela frente será grande, mas depois das vitórias recentes, creio demais nele.