Eventos são encontros de comunidades. Serão híbridos em breve.
Este “hibridismo” vai oferecer possibilidades de expansão das audiências e não será um substituto aos eventos presenciais. Será um complemento tecnológico muito útil.
Falando em tecnologia, é importante mencionar a importância do streaming para o setor de produção de conteúdo (cinema) e para o setor de eventos.
É a tecnologia que permitiu a sobrevivência de ambos os setores. Tantos a presença física nos cinemas e nos eventos estiveram completamente prejudicados durante a pandemia.
A distribuição de conteúdo se deu de forma digital/on-line majoritariamente nestes últimos meses. É só pensar no sucesso da Netflix e das lives durante o pior período da pandemia.
A Disney lançou o seu serviço de streaming aqui no Brasil no meio da pandemia e está sendo um sucesso comercial. Falando em Disney, me remete ao título deste artigo que menciona o título de um filme recém-lançado por eles a nível mundial.
Minha análise deste ‘Efeito Cruella’ é sobre as janelas de lançamentos que sempre definiram os papéis neste setor. Explico: Os filmes sempre foram lançados em primeira “janela” nos cinemas físicos.
As-“janelas” funcionavam em um sistema de linearidade, e, após o lançamento nos cinemas, vinha o DVD e depois de 18 meses normalmente os filmes eram distribuídos via TV paga e finalmente TV aberta.
Desta forma, a rentabilidade de cada “janela” de exibição estava preservada. Cada um tinha o seu “momento” e sua receita. Sempre funcionou assim.
Todos felizes. Ponto. Mas daí veio a pandemia…. Cinemas fechados, lançamentos adiados ou cancelados. Agora nos USA, depois de extensa vacinação da população local, as coisas parecem estar voltando ao normal, mas o ‘Efeito Cruella’ apareceu.
Ao invés de somente lançar o filme nos cinemas, a estratégia adotada foi de simultaneidade entre cinema e Disney+. Além do custo mensal, uma taxa específica para assistir ao lançamento.
Justo e viável. Mas e a “janela” dos cinemas? Vai deixar de existir? Serão simultâneas sempre?
Este paralelo e estas questões são absolutamente relevantes para o setor de eventos também. Devemos disponibilizar ao mesmo tempo que o evento presencial (um congresso ou uma feira de negócios por exemplo) o conteúdo via streaming?
Ou devemos “preservar” a relevância da experiência ao vivo em primeiro lugar e só depois do término do evento, disponibilizar o conteúdo em formato VOD?
Ou ainda mais radical, devemos disponibilizar primeiro digitalmente o conteúdo dos eventos e só depois oferecer uma experiência imersiva e presencial para aprofundar os conhecimentos e as relações pessoais?
A Disney já fez as suas escolhas. Para eles o ‘Efeito Cruella’ será um verdadeiro achado comercial. A tecnologia ajudou e possibilitou. Novas audiências e novas receitas. Show! Mas e o setor de eventos?
Fez alguma escolha? Ou ainda está esperando que a situação volte a ser como sempre foi antes da pandemia? Qual será o impacto do ‘Efeiro Cruella’ no setor de eventos? Vamos ver. E para deixar bem claro….
#somosgregários, #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia, #relevãnciaétudo
Afinal, o live marketing não é para os fracos!
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