Eventos são encontros de comunidades. É a Copa do Mundo para aquele grupo de profissionais de um determinado setor da economia. Acontece em uma data que todos colocam nas suas agendas. Tem que estar lá! Novidades, conteúdo, networking. Tudo aquilo que um evento propicia a quem participa.
Recentemente estão evoluindo para formatos híbridos (Face to Face + Participação virtual), mas continuam sendo o momento de referência do setor.
Então, por que alguns eventos deixam de existir? Morrem, desaparecem?
Acompanhando as notícias do setor de eventos, me deparei com o anúncio do fim do evento Baselworld (Se você gosta de relógios já ouviu falar) que acontecia na cidade Suíça desde o ano de 1916!!!
Centenario,-este evento se propunha a oferecer a todos os interessados do universo dos relógios (lojistas, colecionadores, influencers…) uma oportunidade a cada dois anos de demonstrar tudo o que está acontecendo neste setor. Uma referência mundial.
Sem querer entrar nos detalhes específicos do evento em si, gostaria de propor uma reflexão.
Um evento que acontece há mais de 100 anos em um país/cidade referência no mercado de relógios. OK Faz sentido. Não aconteceu presencialmente em 2020 e teve a data de 2021 reagendada para 2022. OK faz sentido. Anuncia o seu fim de forma lacônica. Não faz sentido Ou faz? Vamos à reflexão…
– Em qual momento algum expositor decidiu não participar pois achava tudo muito caro?
– Em qual momento os concorrentes deste expositor começaram a pensar igual?
– Em qual momento os organizadores viraram financistas e só pensavam nas receitas?
– Em qual momento iniciou-se uma queda de braço para saber quem manda mais?
– Em qual momento os visitantes/compradores foram chamados a opinar nesta briga?
Ou seja… “Crônica de uma morte anunciada” como diria Gabriel Garcia Márquez…..
Escutar e agir a partir de diálogo com os seus clientes é básico de qualquer setor, não é mesmo? Então, em qual aula do MBA os envolvidos faltaram ou não entenderam?
Um organizador de eventos relacionados às comunidades de negócios (qualquer uma!) tem como obrigação básica “servir àquela comunidade”.
Agir como um catalisador dos interesses de todos os stakeholders envolvidos. Um embaixador das necessidades! Será que os relógios perderam relevância por causa dos celulares?
Pode ser que sim, mas vendo as marcas que participavam do evento em Basel (high end/luxury) duvido que não existam interessados em relógios que não queiram se encontrar de vez em quando (uma vez por ano? A cada 2 anos?)
Não querer evoluir (mudar o formato?) Repensar a sua estratégia de preços. Oferecer mais serviços. Melhorar as oportunidades de venda e networking.
Existem milhares de possíveis ações que os organizadores podem fazer. Mas será que fazem? Será que os EGOS envolvidos permitem estas ações? Ou é mais fácil “matar” um evento do que “mudar” um evento?
Neste caso específico existe um evento concorrente em Genebra. Mudou de nome. Mudou de data. Mudou de formato. Ofereceu outros serviços.
Também não aconteceu durante a pandemia. Mas o setor irá comparecer a este outro evento. Lógico! Ainda existem várias empresas lucrativas neste setor de relógios e milhões de consumidores interessados nestes produtos.
Uma comunidade que quer se encontrar presencialmente e com certeza virtualmente se alguém se oferecer para fazer isso da melhor forma possível. Ufa! Nem todos são míopes ou gananciosos….
Para deixar bem claro: #somosgregários #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia, #futurohíbridovirtual #eventosaoseguros #futuroseguro
Afinal o live marketing não é para os fracos!
Foto: Reprodução.