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Proteja seu evento, passo a passo, com a diversidade

Hoje, entendemos que diversidade é vida, e, sendo assim, precisa estar presente de forma transversal nos projetos, em sintonia com as pessoas.

Felizmente, já avançamos um pouco em termos de consciência dos benefícios conquistados quando criamos eventos inclusivos, representativos e conectados com a realidade. 

Observamos, por exemplo, que o tema “diversidade” finalmente está saindo da caixinha de Recursos Humanos e se integrando em todos os assuntos distribuídos ao longo das programações dos eventos das empresas.

Hoje, entendemos que diversidade é vida e, sendo assim, precisa estar presente de forma transversal nos projetos, em sintonia com as pessoas, desde o planejamento até o pós-evento. E essa presença se faz cada vez mais real e necessária, principalmente nos eventos demandados pelas grandes corporações globais.

Então,-vamos entender um pouco sobre como as coisas devem acontecer nesse processo de transformação, que, a partir de informações, vivências e conhecimentos, pode colocar sua agência no ranking das empresas que estão se protegendo e protegendo seus clientes, a partir de ações afirmativas neste sentido.

1. O primeiro passo é garantir que a diversidade esteja presente, tanto no quadro de colaboradores da agência, como no time do cliente. Se essa ainda não é a realidade desse grupo de trabalho, contrate e inclua, nesta força coletiva de criação e planejamento, um ou mais protagonistas de grupos minorizados (mulheres, LGBTQIA+, negros, multigerações e PcD). 

Quanto mais diverso for o grupo, maiores são as possibilidades de que o evento seja um grande sucesso de representatividade e, consequentemente, de resultados.

A realidade mostra que a ausência da base diversa é um eminente perigo para as empresas, pois é nesse começo de processo que podemos chegar a soluções equivocadas – pontos cegos – responsáveis por grandes erros empresariais. 

São deslizes fatais que podem gerar significativos prejuízos financeiros e de imagem para as agências, para as empresas, suas marcas e principalmente para as pessoas dos grupos minorizados, uma vez que a oportunidade de conscientização não foi utilizada ou então a mensagem foi passada de forma equivocada.

2. Comunicação – O Ser humano é plural, todos nós somos únicos e diferentes. Por isso, a partir de estudos, pesquisas ou estatísticas, procure entender quão diverso é o seu público e garanta que a diversidade esteja presente na comunicação, na estratégia e no palco de seu projeto.

Nada de nós, sem nós. É muito importante que o participante do seu evento se sinta abraçado pela forma, pelo conteúdo e pela causa da sua comunicação. O que mais precisamos neste momento para atrair nosso público é que ele se sinta pertencente e bem-vindo ao nosso encontro.

3. Fornecedores e parceiros – Exemplificando: é comum que uma agência tenha 50 profissionais, o cliente, 500 colaboradores e o que o projeto ou evento em questão esteja sendo criado para 3 mil pessoas. 

É claro que neste caso será necessário contratar um pequeno exército de fornecedores para garantir uma boa entrega. E é por esse motivo que todo esforço de incluir a diversidade precisa ser multiplicado para toda a cadeia produtiva do negócio.

Como essa também não é uma realidade do mercado, precisamos começar o processo de capacitação e transformação por aqueles fornecedores que estão ao nosso alcance. Então, atenção na seleção dos fornecedores ou parceiros escolhidos ou contratados, e muito investimento em tempo para incluir, treinar e capacitar toda a equipe terceirizada.

Aqui, estamos falando de todos os profissionais – desde a pessoa que monta a cenografia, o time de segurança, limpeza, manobristas, até o palestrante ou celebridade que falará em nome dos nossos clientes e de suas marcas. É preciso cuidar e preparar todos esses profissionais para que suas palavras e ações respeitem e incluam a todos.

Esta etapa traz uma ótima oportunidade de mostrar na prática os protocolos e processos que sua empresa tem para garantir a inclusão e a representatividade de diferentes pessoas no time que está organizando e entregando os eventos.

4. Durante o evento – Se os passos anteriores foram seguidos, na hora do show, a diversidade estará presente quase que de forma orgânica no palco. Os convidados, palestrantes e clientes devem ser escolhidos e distribuídos de forma diversa nos blocos e painéis (ainda existem mesas-redondas compostas só por homens brancos, por exemplo), os assuntos de especialização devem ser tratados por todos (negros falando de questões além do racismo e PcDs (pessoas com deficiência) em pautas que não estejam relacionadas estritamente à área de Recursos Humanos). 

A comunicação visual pode trazer as pessoas reais e diversas da companhia e até as atrações artísticas ou de entretenimento podem incluir e celebrar a diversidade que nos representa.

Atualmente, nesta realidade sem apertos de mão ou abraços, deve-se focar o lado positivo do mundo digital, quando podemos incluir sem custos muito mais colaboradores/participantes em nossos eventos. Se em uma convenção presencial conseguia-se reunir, por exemplo, mais de 2 mil  pessoas, no formato digital podemos abraçar e receber toda a organização. Todos em sintonia e focados nos resultados desejados.

5. No pós-evento – Registrar e promover processos de melhoria e avançar com as pautas de diversidade e inclusão, ouvir e transformar em atitudes as mensagens e sugestões dos participantes, criar ou apoiar os comitês de Diversidade & Inclusão da companhia, estabelecer metas para garantir que o processo de transformação esteja em constante evolução. 

Continuar pesquisando, informando e proporcionando experiências que vão capacitar as pessoas para que elas, por meio de ações afirmativas, possam proteger, ampliar e inovar as possibilidades do negócio.

 

Imagem: KPMG.