Para-contribuir com o mercado, e, como titular da Cadeira 35 da ABEVT – Academia Brasileira de Eventos e Turismo, fiz uma palestra logo no início de 2021, pelo canal da Academia no YouTube com o tema “Tendências e possíveis formatos dos eventos e feiras pós-Covid”.
A participação e o interesse foram grandes e por isso quero compartilhar esse conteúdo aqui com vocês.
Assim como em outros setores econômicos, o futuro do mercado de eventos é omnichannel. Independente de qual categoria se encontre (patrocinador, expositor ou visitante), para ser atendido em suas demandas, o participante exigirá do promotor da feira ou evento múltiplos formatos de acesso para viver a experiência e se relacionar.
Eventos presenciais continuarão a ser importantes e devem ser promovidos sempre que possível até pelo bem das relações humanas.
Para que isso aconteça, o promotor precisa inicialmente olhar para dentro da sua empresa ou organização e rever toda sua estrutura de formação e contratação de capital humano.
Novas funções serão criadas e os colaboradores terão que aprender novas ferramentas. Gestor de mídias sociais é a ponta do iceberg. Estamos falando de designer de experiência do participante, coordenador de sucesso do patrocinador, coordenador de sessão virtual, entre tantas outras profissões que hoje não existem.
Dificilmente você poderá repetir um formato de um ano para o outro se quiser se manter relevante. O conteúdo dos eventos deve ser ultrarrelevante (tema, palestrantes, atrações, etc.).
O tempo de duração será estratégico para o sucesso do seu evento, ou seja, faz sentido um evento de 3 ou 4 dias se o entorno não oferecer nenhuma experiência?
Faz sentido um evento on-line de um dia todo? Eventos só farão sentido se realmente oferecerem uma experiência única e com um tempo certo, determinado e aderente ao público-alvo participante.
Saúde e segurança serão prioridade para os participantes por um longo período. Protocolos em todos os percursos e locais serão vitais. Cidades com estrutura de hospitais de ponta serão privilegiados, seguro saúde para participantes será um plus.
Os eventos on-line devem ter sua própria dinâmica com a criação de uma experiência, especialmente para a parte digital, pensando como canais e emissoras de TV, que buscam a audiência e se adaptam de acordo com o engajamento.
Oferecer experiências físicas para os participantes de eventos on-line é sempre um diferencial. Ex: bônus de iFood, café Nespresso com mil folhas da confeitaria Dama, cerveja Becks com Ruffles, etc.
Para isso, é necessário planejar para trabalhar bem o antes, o durante e o depois para aumentar o engajamento e tempo de vida do evento, com o envio de brindes e kits alinhados com a estratégia e propósito do evento.
O mestre de cerimônias e o moderador passam a ter maior importância, atuarão como âncora de TV, pois ajudam a segurar a audiência. Explorar sem exagerar tecnologias como avatares, realidade aumentada, realidade virtual será oportuno.
Respeitando a LGPD, e, se bem trabalhados, os dados gerados pelos eventos digitais podem trazer mais benefícios para os patrocinadores, monetizando os eventos omnichannel e os formatos e valores de patrocínio, exposição, inscrições, pois é importante rentabilizar estes novos formatos já que exigirão muito mais investimento. Mídia digital, app, site, estratégia de conteúdo são fundamentais para o sucesso dos eventos.
Importante buscar os melhores parceiros de tecnologia para seus eventos ponta a ponta com venda, tracking de performance de mídias digitais e sociais, credenciamento, engajamento, streaming, etc.
Como o comportamento dos participantes de eventos também vai mudar rapidamente de acordo com os novos comportamentos pós-Covid, pesquisas e feedbacks dos participantes são extremamente importantes para mudanças que precisam ser rápidas. É preciso observar e analisar o big data e se adaptar de forma ágil.
Enfim, precisamos aprender e reaprender a nos comunicar de uma maneira diferente e 360 graus, adequando espaços físicos, produtos e serviços para este novo normal.
Assista o vídeo na íntegra.