Faltando pouco mais de um ano para a realização da Copa do Mundo de 14, Manaus, uma das subsedes do evento, ainda não viu sinais da infraestrutura prometida que beneficiaria a população.
Logo que foi anunciada como sede, no dia 31/05/09, a população passou a alimentar cada vez mais o sonho de ter uma estrutura digna para a tão falada metrópole da Amazônia.
O desejo quase militante de defender a cidade constantemente bombardeada por comentários preconceituosos quanto a sua capacidade de oferecer melhor qualidade vida saiu pela ‘culatra’ e o desejo de vê-la como um modelo de harmonia com a floresta no Norte do País foi dissolvido com cada empreendimento ou projeção que ainda não saiu do papel.
Talvez o ‘grande sonho’do amazonense seja possuir um sistema digno de transporte coletivo na cidade, um dos pontos mais delicados diante de um cenário caótico, em meio a greves e manifestações frente à duvidosa qualidade oferecida pelas concessionárias.
Tão comentado em qualquer mesa de bar, o monotrilho já faz parte do imaginário do manauense na mesma proporção em que foi amplamente divulgado como o possível modelo eficaz de transporte na capital.
Com as obras de construção previstas para o mês de março de 2010, o monotrilho de fato só teve o primeiro suspiro iniciado em 2011 com a licitação do projeto apresentado pelo governo do Estado do Amazonas.
Porém, mais uma vez a grande proposta foi interceptada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU) por apresentarem falhas no projeto e algumas irregularidades no edital apresentado.
Mesmo com a demora em uma decisão definitiva relacionada ao projeto na cidade, o modelo ainda pode ser viável com o fomento do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Outros projetos apresentados foram o BRT (Bus Rapid Transit) e BRS (Bus Rapid System), estes como partes integrantes das obras de “verão” da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).
No caso do sistema BRS, orçado em R$ 1,4 bilhão, promete ser uma alternativa inovadora para a cidade, já que consiste na criação de corredores exclusivos para ônibus e paradas diferenciadas no trecho. A ideia é aproveitar parte do antigo sistema Expresso, muito criticado pela massa devido ao visível abandono das diversas estruturas espalhadas na cidade. Mas a recuperação, pelo menos, já começou.
Um Desafio para a Administração
O sucateado terminal rodoviário de Manaus é outro ponto no qual o manauense não vê investimento há anos. Com uma estrutura visivelmente acabada e sem limpeza, o local ainda recebe um grande fluxo de pessoas e padece no esquecimento e no pingue-pongue do poder público quanto ao seu destino.
Fonte: Em Tempo.