Após uma investigação, alguns serviços de streaming decidiram se posicionar sobre músicas com discurso de ódio em seus catálogos.
Segundo relatório da BBC Spotify, Apple Music, Deezer e YouTube possuíam, em seus enormes catálogos, músicas deliberadamente racistas e homofóbicas, e a maioria delas foi removida das plataformas.
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Mais de 30 artistas e bandas possuíam conexões com grupos de ódio, segundo a BBC. Há até mesmo playlists públicas no Spotify de gêneros ligados ao nazismo.
Alguns álbuns e músicas tinham seus títulos alterados para não serem identificados pelo algoritmo do aplicativo, e, assim, pudessem permanecer com seu conteúdo de discurso de ódio.
Assim que a BBC noticiou o caso, as empresas se posicionaram rapidamente. O Spotify afirmou que bloqueia quaisquer faixas, álbuns ou artistas que expressem e incentivem ódio e violência.
A Apple, por sua vez, disse que já possui diretrizes de uso e editoriais rígidas proibindo esse conteúdo. Já o YouTube simplesmente lembrou que “Não há espaço para o ódio” em sua plataforma.
Ao que tudo indica, o conteúdo acaba entrando disfarçadamente nos catálogos e era consumido principalmente por grupos que já se identificavam com suas letras.
Vale lembrar que o Spotify, por exemplo, possui mais de 50 milhões de faixas, e algumas milhões destas jamais sequer foram ouvidas, o que torna muito fácil você esconder conteúdo de ódio em seu catálogo de forma que apenas quem saiba o título o ouça de fato.