A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, realizou em Toledo, no Paraná, a primeira entrega de material genético a produtor integrado feita por meio de um drone.
No teste, que marca o pioneirismo da BRF, o drone entregou doses de sêmen suíno para inseminação em uma granja integrada na zona rural do município.
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A iniciativa verificou tempo, praticidade e segurança do transporte.
Com rota predefinida, a aeronave decola de forma automatizada e usa softwares de navegação, câmeras e sensores para voar até o destino, onde a carga, refrigerada, é desacoplada e deixada na área de entrega. A seguir, retorna ao ponto de origem.
O projeto também tem como objetivos a segurança sanitária e a biosseguridade.
“Testamos a movimentação de cargas para estudar a viabilidade desse modelo de transporte para a cadeia agropecuária, para que no futuro possam ser realizados voos mais longos, cobrindo áreas maiores, e para aterrissarmos tecnologias que sejam realmente funcionais no campo”, afirma o diretor de Agropecuária da BRF, Guilherme Brandt.
“A tecnologia é um meio e não um fim para bons resultados. Com projetos como esse, avançamos na conexão do campo às novas tecnologias, facilitando a vida dos nossos integrados e cumprindo o propósito inovador da companhia”, afirma Antonio Carlos Cesco, diretor global de Tecnologia da BRF.
Foram testados dois drones, com capacidade de transporte de 2kg a 5kg e autonomia de 2,5 km a 50 km. “Foi como ver o futuro chegando”, conta o produtor Ademir Geremias, integrado da BRF há 33 anos e proprietário da granja onde o teste foi feito.
Os drones são projetados para voar com segurança durante o dia, à noite e sob chuva leve.
“A aeronave monitora automaticamente seus sistemas para garantir que é seguro voar e está programada para evitar a decolagem ou para tomar ações de contingência automaticamente se um problema for detectado”, explica Samuel Salomão, fundador e chefe de produto da Speedbird Aero, empresa parceira no projeto.
Fotos: Divulgação