A Coca-Cola Company suspendeu toda a sua publicidade em meio à crise do novo Coronavírus (Covid-19).
A empresa realizou o anúncio por meio de comunicado em suas redes sociais na segunda-feira, 30. A decisão atinge todas as marcas da empresa no País.
Segundo a peça, a empresa focará, agora, em mensagens de prevenção e na saúde de funcionários e parceiros. O anunciante afirma que doará, junto a seus parceiros e à The Coca-Cola Foundation, US$ 120 milhões no combate à doença. No Brasil, a conta publicitária da Coca-Cola é atendida pela WMcCann.
O comunicado oficial diz: “Neste momento difícil decidimos parar toda a nossa publicidade. A prioridade agora é a segurança e o bem-estar de toda a sociedade. Por isso, com nossos parceiros engarrafadores e a The Coca-Cola Foundation vamos doar mais de 120 milhões de dólares para apoiar a luta contra a Covid-19. Estamos nessa juntos.”
O movimento é nobre mas descortina um formato de comunicação direta com resultados imprevisíveis.
Já há alguns anos a migração das verbas publicitárias para os canais onde a comunicação é feita entre marcas e stakeholders, sem a necessidade da mídia tradicional, vem ganhando espaço. O stablishment em vigor conseguiu frear em parte este movimento. O leitor vai pensar ” mas a Coca cola não deve favores para grande mídia ou industria mundial da criação”… Não deve. Mas existiam códigos sociais, econômicos e empresariais a serem seguidos até aqui.
Entretanto tudo mudou. Mesmo com a gigantesca queda, os papéis da Coca Cola na Bolsa brasileira se valorizavam 60% no pior dia da crise de 2020 se comparados com um ano atrás. Quanto as demais empresas de consumo, especialmente as populares, bancos, industria de automóveis, conglomerados da indústria da comunicação, o futuro é nebuloso.