A cada dia que passa, as pessoas de bom senso se surpreendem ainda mais com as coisas que são publicadas na internet de uma maneira em geral, principalmente nas redes sociais, e, mais precisamente, no Facebook. Como profissional de internet, deveriamos ser os primeiros a ficar dizendo por aí que foi a melhor coisa que inventaram. Porém, como cidadãos, não podemos calar-nos diante de tanta porcaria que tem surgido nos últimos tempos.
O mundo parece que só vive em função do que está nas redes sociais. Não vemos mais crianças nos parques. As próprias ações de live marketing que esbanjavam criatividade, hoje acabaram ficando restritas às feiras de negócios e aos grandes festivais de música (Ufa! Ainda bem. Sinal que nem tudo está perdido).
A mídia tradicional não se renova. Ao invés de termos comerciais criativos, programas de conteúdo, o que temos é uma quantidade de coisas inúteis que têm de ter uma conexão com as redes sociais. Na TV a cabo ainda se encontra algo que compensa, porém, não está acessível a todos, e, os documentários com conteúdo relevante geralmente são apresentados de madrugada, ou seja, cultura para poucos.
A pergunta que se faz é: "E se as redes sociais acabarem?". Você vai lembrar do dia do aniversário do seu amigo? Vai deixar de rezar porque não tem mais nenhuma mensagem te mandando fazer isso? Não irá mais a um show ou fazer uma viagem porque não vai poder compartilhar com os amigos?
Somos saudosistas sim! Isso porque vivemos uma época em que a verdade prevalecia. Em que mentira era motivo de levar bronca de pai e mãe. Em que o professor tinha valor, e, principalmente, as pessoas sabiam respeitar umas às outras.
Hoje, tudo isso acabou. Os jovens não querem mais saber de estudar porque fazer vídeos para o YouTube dá mais dinheiro. Uma mulher sendo vítima de violência dá likes. Um game levou jovens ao suicídio em 2017 e isso virou piada. A criança mal aprende a falar e já está com um celular nas mãos para se distrair. Políticos roubam descaradamente e viram memes, e, nas próximas eleições lá estarão eles de novo no poder porque o que importa é o que está nas redes sociais.
Até quando isso vai continuar? Todos precisam ganhar dinheiro, isso é fato. Mas existem tantas formas inteligentes e honestas de se fazer isso que não precisamos ficar presos ao que está em uma rede social.
Falam de sustentabilidade, e, a cada dia que passa, mais blogs de moda surgem incentivando o consumo desenfreado e muitas marcas pegam carona no termo para mostrar que estão preocupadas com o futuro do planeta, mas, em contrapartida, ficam incentivando o consumismo.
E, o mais triste de tudo isso é vermos que uma tragédia vira piada. O que fizeram nas redes sociais em relação ao game Baleia Azul no passado foi algo chocante demais. Não se pode tratar isso como brincadeira. Psicopatas estavam por trás do jogo e tinha gente fazendo piada. Os jovens adoeceram, e, pior, muitos tiraram suas próprias vidas porque tiveram suas mentes roubadas por um bando de loucos.
Nem tudo está perdido. Tem ainda muito conteúdo relevante na internet. Pessoas que estão tentando fazer um mundo melhor para todos. Lógico que aquelas que só falam asneiras faturam mais, sem que isso preocupe muita gente. Mas você pode fazer a diferença. Então, quem é do bem que ajude a propagar o que é do bem, e, antes de compartilhar aquele vídeo que achou engraçado, pesquise sobre o assunto, veja se realmente é motivo para rir ou para chorar.
A última novidade agora é a compra de seguidores nas redes sociais, ou seja, é preciso estar muito atento em relação ao que se é publicado neste ambiente. Veja a matéria completa aqui.
Rir ainda é o melhor remédio, mas não da desgraça alheia.
Salvem o conteúdo de qualidade!