Elon Musk revelou na última sexta que desistiu de comprar o Twitter, após três meses de sua primeira proposta no acordo para adquirir a rede social por US$ 44 bilhões.
O empresário informou sua decisão ao Security and Exchange Comission, órgão regulador do acordo nos Estados Unidos.
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Na opinião de Musk, o Twitter não seguiu as obrigações do contrato, que incluía a necessidade de revelar dados e informações para que ele fizesse uma avaliação a respeito de contas falsas e spam na plataforma, que são cruciais para o desempenho da empresa em termos de negócios.
Na carta enviada ao órgão regulador, o empresário disse que o Twitter ignorou ou rejeitou suas solicitações.
Bret Taylor, membro do conselho do Twitter e atual co-CEO da Sales Force, afirmou em seu perfil na rede social que a plataforma vai entrar com uma ação legal para que a proposta de compra seja concretizada.
“O Conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com o Sr. Musk e planeja entrar com uma ação legal para fazer cumprir o acordo de fusão. Estamos confiantes de que prevaleceremos no Tribunal de Chancelaria de Delaware”, disse Taylor.
Parag Agrawal, CEO do Twitter, retuitou a postagem.
Elon Musk não se manifestou no Twitter sobre a quebra contratual, mas compartilhou um meme de si mesmo rindo da ameaça de processo pela rede social, que contratou o escritório Wachtell, Lipton, Rosen & Katz, especializado em fusões, para processar o bilionário
O acordo previa uma cobrança de uma taxa de US$ 1 bilhão para cada uma das partes, no caso de ‘rompimento’.
A proposta conta com uma cláusula específica de desempenho que permite ao Twitter forçar Musk a cumprir o acordo.
Isso quer dizer que, mesmo que o caso acabe indo para o tribunal, o Twitter pode fazer a exigência de que Musk concretize a aquisição, no lugar de receber uma compensação em dinheiro.
Antes da rescisão do acordo, Musk já tinha dado alertas sobre a questão dos bots na sua relação com o Twitter.
O bilionário dizia que os números divulgados pela rede social eram muito pequenos, representando menos de 5% das contas.
Com isso, Musk ameaçou desistir do acordo e requisitar uma auditoria em relação aos números apresentados.
A conclusão que a equipe de Musk chegou foi que o Twitter não consegue verificar suas contas de spam e “parou de se envolver” nos debates em relação à proposta de compra.