O ano de 2004 mudou o rumo digital da humanidade em termos de interação, comunicação e até consumo de bens e serviços, já que nesta data surgiu uma das redes sociais mais importantes do nosso tempo: o Facebook (hoje Meta). Contudo, foi somente em setembro de 2006 que o acesso à plataforma foi disponibilizado ao público geral, tornando-se a rede social com o maior número de inscritos no planeta, com mais de 2,8 bilhões de usuários ativos mensais.
Mas, como em toda história de crescimento e concorrência, desafios foram surgindo, e para o Facebook, esse obstáculo chegou por meio de ações judiciais, questões relacionadas à divulgação de informações pessoais e, nos últimos anos, a plataforma foi substituída por outras redes sociais como o Instagram (que também é de propriedade de Mark Zuckerberg) ou TikTok.
Na época, o FB veio para anular plataformas como Fotolog ou Myspace. Hoje, apesar de o Facebook ter mais usuários que o Instagram, a moda e as gerações influenciam o sucesso das redes. As gerações mais jovens têm focado mais no TikTok ou Instagram, devido, em grande parte, aos formatos que conduzem seu consumo e os tornam mais atrativos – aqui nos referimos aos vídeos (de curta ou média duração).
A praticidade e versatilidade dos vídeos os tornam cada vez mais consumidos pelas pessoas. Essa atividade (assistir vídeos) é o quinto principal motivo de utilização da internet (51,5%), de acordo com o estudo Digital 2022, da We Are Social e HootSuite, enquanto o mesmo estudo indica que as redes sociais são o segundo tipo de plataforma mais visitada por internautas, com 95,2%.
Conteúdo de vídeo para reviver o Facebook
Embora seja uma das redes que marcam a explosão da social media, o Facebook hoje é percebido como uma rede social com pouca confiabilidade devido à sua recente crise de reputação e o fato de não se conectar com os mais jovens, que buscam diversificar o tipo de conteúdo que querem ver. Diante disso, os criadores de vídeo estão redescobrindo essa rede como caminho para maior visibilidade, percebendo que há uma demanda latente pelo formato de vídeo e que há uma grande oportunidade de desenvolvimento, já que o FB é, depois do YouTube, a melhor fonte de receita publicitária para criadores.
O YouTube e o Facebook são duas das páginas mais pesquisadas pelas pessoas, e o formato de vídeo é um dos mais usados ??para aprender ou entreter. Pouco mais da metade dos jovens de 16 a 24 anos assistem a vídeos para esses fins, também de acordo com o estudo Digital 2022 do We Are Social.
É aqui que os programas de criação de vídeo multiplataforma fazem todo o sentido do mundo, e dominar a linguagem e o formato de cada plataforma pode tornar os criadores de conteúdo pioneiros mesmo em redes estabelecidas.
O algoritmo do Facebook evoluiu de tal forma que os vídeos agora se tornarão altamente relevantes em sua plataforma digital. Em um mundo onde as imagens valem mais do que mil palavras, estabelecer vídeos no Facebook é fundamental, pois eles demonstram, ensinam, educam e engajam potenciais consumidores. Portanto, devemos levar em consideração alguns aspectos para ter vídeos nessa rede social.
- Quase 85% dos vídeos são assistidos sem som no Facebook, por isso é de suma importância colocar legendas.
- Faça vídeos curtos (de 1 a 3 minutos) e com duração não inferior a 15 minutos para transmissões ao vivo.
- Escreva uma descrição chamativa para o seu vídeo, que não deve exceder 61 caracteres.
- Faça vídeos ao vivo, eles são muito importantes a nível do algoritmo do Facebook.
- Desenvolva vídeos instrutivos e divertidos. Lembre-se que o conteúdo deve motivar seu compartilhamento.
Que tipo de benefícios os vídeos no Facebook geram?
Se considerarmos os benefícios apenas para o mundo do marketing e da comunicação, podemos observar o seguinte:
- Incrementam conversões e possíveis vendas
- Geram engajamento, emoções e conexão com o público
- Facilitam a interação e fornecem informações mais rapidamente
- Desenvolvem confiança
- Envolvem os seguidores com o conteúdo
- Aumentam o interesse das comunidades
É nesse contexto que se destacam parceiros que valorizam e impulsionam o modelo multiplataforma para criadores de conteúdo – como é o caso da Jellysmack. Rapha Bartowski, famoso por seus vídeos de react dentro do universo da beleza, viu sua audiência crescer 4.287% em apenas três semanas de trabalho dentro do Facebook. Jaqueline Guerreiro, que cria conteúdo sobre true crime, é outra potência – saiu de 26 mil seguidores para 400 mil seguidores após três meses de parceria.
São diversos os cases que mostram como o Facebook passa a apresentar um lucro maior para muitos criadores que buscam sair um pouco do YouTube e entrar em outras redes sociais com mais força, melhorando sua visibilidade e a criação orgânica de comunidades relacionadas aos seus conteúdos.
Como se pode ver, apostar em criadores de vídeo no Facebook está formando um círculo virtuoso no qual é possível aproveitar o melhor de uma das redes mais difundidas do mundo e, ao mesmo tempo, aumentar sua receita e audiência, desenvolvendo, portanto, o ecossistema de criadores de conteúdo. Este é o valor do modelo multiplataforma para trazer de volta a visibilidade a uma rede que passou por turbulências, mas que, graças a fenômenos como a Creator Economy e o boom dos vídeos, está buscando se diversificar e manter sua relevância em todos os níveis de audiência.
*Paula Haefeli é líder de Brand Marketing da Jellysmack para a América Latina