O Twitter, que se encontra em uma situação caótica desde que Elon Musk tomou as rédeas da empresa no final de outubro, enfrenta desta vez a ameaça de um hacker que afirma ter em sua posse os dados pessoais de 400 milhões de usuários. Caso a ameaça do hacker seja real, este seria o maior vazamento na história da rede social.
A informação de que um banco de dados contendo as informações privadas de 400 milhões de usuários do Twitter foi realmente colocado à venda vem da Hudson Rock, uma empresa israelense de cibersegurança.
“O-banco de dados privado contém quantidades devastadoras de informações, incluindo e-mails e números de telefone de usuários de alto nível como AOC, Kevin O’Leary, Vitalik Buterin, entre outros“, disse a empresa em um tweet.
Conforme informações da Hudson Rock, o vazamento parece, em princípio, ser legítimo. O hacker aparentemente obteve os dados que agora está tentando vender ainda este ano, explorando uma vulnerabilidade no Twitter.
A DeFiYield, uma outra empresa de cibersegurança, afirma ter verificado cerca de mil contas e também sugere que o vazamento é verdadeiro. A empresa ainda revela que o nome do autor do hack seria “Ryushi”.
De fato, no fórum Breached, onde esses vazamentos são comuns, um usuário com o nome de “Ryushi” postou uma mensagem pedindo um resgate de US$ 200.000 a Elon Musk. Trata-se de um valor consideravelmente menor do que os 276 milhões de dólares que o Twitter teria que pagar por violar a Lei geral de Proteção de Dados, argumenta “Ryushi”.
Em abril do ano passado, a Hudson Rock também advertiu sobre um vazamento de dados pessoais de 533 milhões de usuários do Facebook, e a Meta, a empresa matriz da rede social, recebeu posteriormente uma multa de 256 milhões de euros.
Até o momento, o Twitter tem evitado comentar sobre a suposta violação de dados. A rede social está, de qualquer forma, entre a cruz e a espada, pois teria que comprar os dados vazados para evitar maiores danos, mesmo que, em última instância, tudo não passase de uma mentira.