Mídia

O poder das 'dancinhas' para alavancar hits

Redes sociais como o TikTok irão ditar os rumos da indústria fonográfica, aponta especialista em marketing de influência.

É impossível prever aonde vai chegar um conteúdo que viraliza na internet, nem quando ele irá sair do cotidiano e do imaginário do público que usa redes sociais.

Hoje em dia, a grande febre de plataformas como o Instagram e o TikTok são as dancinhas, que são as responsáveis por tornar músicas e artistas anteriormente desconhecidos do grande público em verdadeiros fenômenos de audiência.

A canção “Coração Cachorro”, forró da dupla Ávine e Matheus Fernandes talvez seja o caso mais recente e mais emblemático. A música chegou ao número 1 no Spotify depois de ser usada por milhares de usuários e influenciadores como trilha sonora em suas dancinhas no Tik Tok, ao contagiar até mesmo a apresentadora Ana Maria Braga. 

“Vou-mandar a conta”, brincou o compositor inglês (Fotos: Reprodução).

O ápice veio na semana passada, quando o cantor inglês James Blunt – compositor de “Same mistake”, de 2007, que tem um trecho no refrão do sucesso da dupla brasileira – postou um vídeo no Instagram em que dança “Coração Cachorro” e parabeniza seus autores.

De acordo com Thiago Cavalcante, diretor da Inflr, uma empresa especializada em campanhas de marketing com influenciadores digitais, o grande termômetro da indústria fonográfica é, hoje, o engajamento dessas figuras públicas. 

“Cantores anônimos ou famosos correm numa disputa desenfreada para se destacar nos lançamentos e se tornar o hit do momento, e quanto mais pessoas dançando, melhor a colheita dos frutos. Como o sucesso depende dessas pessoas que repercutem as músicas por meio dos vídeos, são elas que ditam o que vai estourar ou não.”, detalha Cavalcante.