O TikTok e os vídeos curtos continuam a dominar o mercado. Conforme a última pesquisa da Influency.me, 66% das marcas indicaram preferência por conduzir suas campanhas no TikTok, o que representa uma notável elevação em relação aos 35,6% registrados em 2022.
Outro destaque que ganhou relevância ao longo do ano foi o marketing de influência. Segundo a pesquisa, 18% das empresas investiram mais de R$ 500 mil em influenciadores, enquanto 20% mantiveram investimentos mensais nesse tipo de marketing.
Esse aumento reflete uma crescente confiança no marketing de influência.
“Quem não conhece um influenciador? Parte expressiva da população brasileira acompanha a rotina de seus influenciadores favoritos, interage com as publicações e stories. Inserir produtos nesse cotidiano torna a ‘publicidade’ muito mais sutil e integrada. As pessoas não querem ver comerciais na internet, mas sim, vidas reais.“, detalha Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Esse crescimento também teve impacto nas marcas, com 56% delas investindo em marketing de influência, sendo que 81,8% mantiveram investimentos mensais.
Segundo a pesquisa, a quantidade de influenciadores contratados por campanha também aumentou neste ano. Enquanto em 2022, 47% das empresas contratavam até 5 influenciadores por campanha, em 2023, 39% contrataram entre 6 e 10 influenciadores.
O estudo também destacou que os influenciadores mais frequentemente contratados são os micro e meso, isto é, aqueles com entre 10 mil e 500 mil seguidores. Para as marcas, os influenciadores com mais chances de serem contratados são os que têm entre 10 e 50 mil seguidores.
“Isso se deve ao fato de influenciadores maiores cobrarem valores mais altos, além da taxa de engajamento de perfis menores, muitas vezes, ser maior. A formação de um casting de micro influenciadores engajados pode ser uma ótima opção para gerar resultados dentro do orçamento,” acrescentou Azevedo.
Regulamentação dos influenciadores
Apesar de a profissão de influenciador digital ainda não ser regulamentada no Brasil, a pesquisa indicou unanimidade entre marcas, assessores de influenciadores, influenciadores e agências sobre a necessidade disso.
De acordo com a análise, 92% das marcas acreditam que a profissão deva ser regulamentada; 93% dos assessores pensam da mesma forma; 80% dos próprios influenciadores defendem a regulamentação, e 81% das agências respondentes compartilham dessa perspectiva.
Tendências para 2024
O levantamento apontou que, em 2024, até 66,7% das empresas respondentes pretendem aumentar os investimentos em marketing de influência. Ao mesmo tempo, 30,3% pretendem manter os investimentos no mesmo patamar, enquanto somente 3% pretendem reduzir o orçamento alocado em marketing de influência.
“A pesquisa reforça a confiança do mercado na influência. Com método, é possível prever os resultados que as campanhas podem trazer. Ao mesmo tempo, a criatividade do influenciador acrescenta muito a esse processo de criação. No próximo ano, vemos uma tendência ainda maior de fortalecimento da influência com a consolidação dos micro e meso influenciadores e do TikTok como rede social não só de ‘dancinha’,” concluiu o executivo.
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