A Natura participou pela primeira vez do Rock in Rio em 2019, quando comemorava seus 50 anos de história, passando por um reposicionamento de marca, resultado de uma reflexão sobre o que seria o futuro, levando em conta seu negócio, e, principalmente, suas visões sobre sustentabilidade e comportamento empresarial.
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Na época, a conclusão foi que por mais que fizesse e continue fazendo suas ações, questões como a proteção da Amazônia e o meio ambiente de modo geral requerem um engajamento de todos que fazem parte do tecido social, o que resultou na assinatura “O mundo é mais bonito com você”.
Em 2019, a instalação “Nave”, construída no velódromo da Cidade do Rock, sob curadoria de Marcelo Dantas, surgiu exatamente da ideia de não ser apenas um patrocinador-padrão, que dá dinheiro para expor sua marca, mas usar a interação com um público de 700 mil pessoas no decorrer de todos os dias de evento para despertar um senso de urgência em relação às questões ambientais e conexão entre presente e futuro.
Com-o lema “Nosso futuro é agora”, a Nave ofereceu aos frequentadores uma experiência imersiva, sensorial e artística de 15 minutos, para despertar algum tipo de consciência e engajamento na construção desse futuro desejado.
Agora, em 2022, no primeiro Rock in Rio depois da pandemia, e com ingressos esgotados em tempo recorde o clima é outro.
“As pessoas querem se sentir vivas, se conectar nessa coletividade, e, ao mesmo tempo, sentir que tem algo maior que podemos deixar. Enquanto narrativas que a Natura quer levar ao RiR, tem a pauta da urgência de falar da Amazônia, um compromisso que a Natura tem há mais de 20 anos com a região. Não existe futuro ‘no mundo’, se não houver Amazônia”, destaca Fernanda Paiva, head of global cultural branding da Natura.
Ela ainda aponta que a Amazônia que será levada para esta edição do festival é diferente daquela que costuma ser mostrada na mídia, isto é, aquela que só teria violência e desmatamento, mas também uma Amazônia “contemporânea”, que transborda vida e é um caldeirão cultural ímpar e inspirador.
Com esse objetivo, e a quatro mãos com o festival, a Natura vai construir nessa nova Nave uma “experiência sensorial afetiva”, que vai procurar pegar as pessoas pelo coração, e, ao ampliar seu conhecimento sobre a região, fazer com que todos se engajem mais na defesa desse ecossistema.
Para liderar o espetáculo na instalação de 2022, a Natura trouxe um time feminino e teve o cuidado de que duas das participantes fossem personagens da própria região, para reforçar a questão do lugar de fala, para que não fosse feita apenas uma tradução da região pelos olhos de quem mora no Sudeste do Brasil.
O Coletivo Criativo Nave deste ano é comandado pela artista paraense Roberta Carvalho, como diretora artística; pela ativista e contadora de histórias acreana Karla Martins, responsável pelo argumento; e pela carioca Daniela Thomas, na cenografia.
Além delas, a instalação vai contar com a direção musical da multiartista Aíla, idealização da empreendedora social Denise Chaer e direção geral do CEO do Rock in Rio, Luis Justo, que promete uma atração “totalmente sinestésica e imersiva em uma Amazônia contemporânea, multicolorida e pop.”
Há dois anos, a atração está sendo pensada entre as lideranças citadas e profissionais de Natura e RiR num diálogo constante com diferentes atores da vida e cultura da Amazônia.
“Estamos construindo uma experiência imersiva que fala de uma Amazônia contemporânea, com uma narrativa poética audiovisual, criada a partir de obras de artistas amazônicos brasileiros que pensam ativamente o agora, com imagens potentes, diversidade de linguagens e um projeto sonoro arrebatador. Não tenho dúvidas que o público será surpreendido.”, conclui Roberta.