Por Claudia Toledo
Criar novos produtos e alcançar novos públicos: eis a nova fronteira do live marketing. A partir da junção entre a experiência das agências no ponto de venda e as estratégias corporativas, é possível desenvolver oportunidades reais de crescimento para uma marca – especialmente para aquelas que já estão há muito tempo no mercado.
Isso acontece porque é na ponta da cadeia – no ponto de venda – que um produto se transforma e os negócios se diversificam. Todo e qualquer crescimento possível reside aí, na capacidade de transformação e adaptação das estratégias de venda aos diferentes tempos e contextos.
Um exemplo corriqueiro, mas preciso, é o do cartão telefônico que até ontem, pendurando em uma gôndola qualquer, passava despercebido. Com uma boa frase (“meu desejo é que, no ano que vem, a gente se fale muito mais”) e uma impecável comunicação no ponto de venda ele deixa de ser um acessório plástico estritamente prático para se tornar um cartão de Natal. É assim que as ideias se transformam em produtos e os produtos, em conceitos.
Dar esse salto e perceber o potencial do live marketing é apostar na inteligência e na produção de conhecimento e conteúdo sobre o público, sobre os hábitos de consumo e sobre os fatores exógenos que incidem sobre o momento da compra.
Mais uma mostra simples de como isso funciona está na delicada relação entre quem aborda e quem é abordado por uma ação. Exemplo: ainda que hoje tenha caído por terra o preconceito de que o público da terceira idade não é potencial consumidor de tecnologia, a linguagem das campanhas e dos anúncios ainda os afasta desse mercado, reproduzindo a impaciência e a intolerância de nossa sociedade com os mais velhos.
É preciso trazê-los de novas maneiras para o centro do consumo. Não pedir que eles se adaptem aos nossos produtos, mas o contrário. Precisamos de equipamentos mais adequados e acessíveis, celulares com botões maiores e som mais alto. Isso é diversificar e enfrentar o mercado com propostas concretas e soluções.
Esse, como se pode ver, é um debate que transcende a presença de uma marca no imaginário social. Não, não basta estar nas redes sociais. É preciso criar vínculos inteligentes em um nível mais profundo, de modo que durem. Criar novos canais de vendas, novos modelos de negócios, novas parcerias.
O que falta para tornarmos essa possibilidade real é investir em conhecimento e em transformações a longo prazo. Foi identificando essa demanda que a Toledo criou uma área voltada para novos canais de vendas, que desenvolve formas inovadoras de expor e vender os produtos de nossos clientes, além de criar produtos próprios dentro do nosso negócio. Esse é o canal.