R$ 150 por pessoa

Nubank reverte decisão da prefeitura e sala VIP no Ibirapuera segue aberta

Agora, no entanto, espaço terá acesso cobrado de R$ 150 por pessoa, por duas horas de uso

[Atualização] A assessoria de imprensa do Nubank informou que a taxa de R$ 150 vale apenas para usuários que não sejam membros do programa Ultravioleta do banco digital, e o acesso para quem já é membro segue da mesma forma praticada antes da situação com a Prefeitura de São Paulo. O texto foi atualizado para registrar as novas informações.

Depois de uma briga bem aquecida no âmbito judicial, o Nubank finalmente conseguiu preservar a sua Sala VIP dentro do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O problema: agora, o acesso aos chuveiros, ar condicionado e outras benesses da estrutura custarão R$ 150 aos interessados, por um período de duas horas.

Antes da decisão, o Nubank havia inaugurado a sua Sala VIP no “Ibira” com bastante pompa e divulgação. A situação, no entanto, tomou um rumo inesperado ao banco digital, que viu a Prefeitura de São Paulo notificar a Urbia, concessionária que opera o parque, ordenando o fechamento do local.

Prefeitura tentou fechar Sala VIP do Nubank por falta de conformidade com normas do Ibirapuera

Exterior da Casa Nubank Ultravioleta, sala VIP do banco no Parque Ibirapuera
Imagem: Nubank/Divulgação

Foi em 20 de fevereiro que a Prefeitura de São Paulo notificou a Urbia, ordenando o fechamento da Sala VIP do Nubank. De acordo com as informações divulgadas, o motivo era a “não conformidade com normas técnicas” de uso do Parque do Ibirapuera.

Em termos simples: a prefeitura não gostou de ver um espaço acessado mediante cobrança dentro de um parque de acesso público. Originalmente chamada “Casa Nubank Ultravioleta”, a sala VIP conta com quatro vestiários equipados com duchas privativas, toalhas, itens de higiene, armários inteligentes, lanches, bebidas e cafés. Além disso, o espaço conta com estações de trabalho com apoio da WeWork, wifi, tomadas e carregadores por indução.

A entrada à casa proíbe acompanhantes, salvo por crianças menores de idade e apenas uma por adulto.

O acesso a ela, no entanto, era exclusivo para os clientes Ultravioleta, o modelo de cartão com mais benefícios (equivalente a um Mastercard Black, salvo algumas diferenças). O acesso a esse formato é gratuito para clientes do banco que gastam pelo menos R$ 5 mil mensais na fatura, ou que tenham R$ 50 mil guardados em algum investimento alocado pelo Nubank. Para clientes fora dessas condições, o Ultravioleta tem acesso via mensalidade de R$ 49.

Espaço de trabalho com escrivaninha Casa Nubank Ultravioleta, no Ibirapuera

A Urbia lançou um posicionamento contrário à ordem de fechamento da Sala VIP do Nubank, alegando que a instalação foi cuidadosamente planejada com os preceitos técnicos do parque, em total obediência e zero risco ao meio ambiente. Mais além, a proposta do banco, segundo a Urbia, tem o objetivo de oferecer novas opções de lazer e experiências exclusivas aos frequentadores do parque.

Após a apresentação da defesa, a Prefeitura de São Paulo reconsiderou o pedido de fechamento, autorizando o funcionamento pleno da Sala VIP do Nubank. Agora, o espaço passará a cobrar R$ 150 pelo uso, como forma de financiar a sua operação e manutenção. Segundo o Nubank, esse valor vale apenas para quem não é um cliente Ultravioleta. Veja o posicionamento do banco na íntegra, logo abaixo:

“A Casa Nubank Ultravioleta é uma experiência desenvolvida com o objetivo de oferecer um espaço de descompressão antes e depois das atividades físicas no Parque do Ibirapuera. O agendamento para clientes Ultravioleta é gratuito e pode ser feito pelo aplicativo do Nubank. Os frequentadores do parque também podem ter acesso à Casa, mediante disponibilidade no local e pagamento de uma tarifa para acesso aos serviços oferecidos. Além disso, o espaço conta com um deck aberto ao público.”

Nubank

A Casa Nubank Ultravioleta funciona em dias úteis das 6h às 21h e, aos finais de semana e feriados, das 8h às 13h.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.