Houve uma época que as marcas e suas agência discutiam se os seus produtos deveriam estar presentes nas mídias sociais, ou não. Depois disso, a discussão era se as suas campanhas deveriam entrar de cabeça no universo digital, ou não. Hoje estas discussões se mostram tolas e antigas, tamanha relevância que estes novos meios ganharam – e continuarão ganhando.
Entendi que não há separação entre o que o live marketing, trade, varejo e digital. A ideia de separar as coisas é tão antiga quanto antiquada. Hoje é tudo junto e misturado não somente pelos produtos parecidos que entregam no fim do dia, como também no que oferecem para quem os usa. Em comum, todos estes conversam com o consumidor e com o shopper; vivem de mensurações de resultado ao vivo, podendo assim ter suas estratégias potencializadas; e todos eles vender. São, ao meu ver, categorias / ferramentas que se completam.
No entanto, com exceções bem-vindas, ainda encontro planejadores de trade, live e estratégias para varejistas focados em on ou off, como se fossem coisas diferentes. Algo que para mim é tão antigo quanto o profissional do passado que sabia planejar eventos, mas não promoção de vendas (ou vice-versa). Hoje, o planejamento precisa ser polivalente. Além de entender profundamente de eventos e promoção de vendas, precisa ser intimidade com o digital. Afinal, ele é quem completa suas estratégias.
O digital, focando agora nas redes sociais digitais como Facebook, Instagram, Twitter, Snapchat, YouTube, Google+ entre outros, é fundamental para toda e qualquer campanha. Estas ferramentas contribuem de forma decisiva com a possibilidade de qualquer ativação alcançar um universo bastante maior de consumidores. Porém, se continuarmos entendendo digital como um braço do planejamento, e não como a cabeça dele (junto com as demais ferramentas), estaremos perdidos.
Além de potencializar o alcance de qualquer campanha, o digital oferece a oportunidade de trazermos ainda mais o público impactado para dentro da história que objetivamos contar, fazendo com que esta ganhe empatia do consumidor. No entanto, as marcas devem ser agentes destas histórias, e não participantes. Para isso, precisam investir estrategicamente em cada interação, não deixando esta função apenas na mão do público que, munido de um smartphone, define o que ganha ou não espaço dentro das redes.
Desenvolver campanhas que propiciam o compartilhamento de ideias, informações e mensagens é função do profissional de trade e live contemporâneos. Fazer com que clientes ativados em campo se tornem influenciadores de marca perante seus contatos não é mais um sonho, mas uma realidade para marcas que pensam live também dentro do universo digital.
Afinal, ao vivo mesmo, é quando o consumidor quer, no seu tempo. E isso, sem dúvida, pode ser trabalhado além das paredes físicas, no mundo do digital.