Experiência de Marca

O Carnaval que poucos veem

O Carnaval é amado por todos, porém, esse amor tem facetas diferentes, ou seja, há os que gostam pelo evento em si, outros porque podem descansar, afinal, são praticamente quatro dias de feriado, e, aqueles que lucram trabalhando duro.

O Carnaval é amado por todos, porém, esse amor tem facetas diferentes, ou seja, há os que gostam pelo evento em si, outros porque podem descansar, afinal, são praticamente quatro dias de feriado, e, aqueles que lucram trabalhando duro, seja promovendo eventos, vendendo algum produto, ou criando ações de live marketing para ativação de marca.

A crise econômica no País colocou alguns eventos tradicionais em risco em 2017. Um exemplo foi o Carnaval de Rua de São Paulo que quase não foi realizado. No entanto, a AmBev, fabricante de cervejas, investiu R$ 15 milhões na Folia do Momo, em troca da exposição do seu rótulo Skol. A patrocinadora disponibilizou, segundo sua proposta publicada no Diário Oficial, dez mil banheiros químicos, 180 ambulâncias comuns e 180 com UTIs e 50 postos médicos.

Turismo

As atividades turísticas ligadas ao Carnaval movimentaram aproximadamente R$ 5,8 bilhões no ano passado, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento mostrou que serviços de alimentação em bares e restaurantes responderam por 57,3% da receita, o equivalente a R$ 3,31 bilhões.

O transporte rodoviário por sua vez, movimentou R$ 977,9 milhões e os serviços de alojamento em hotéis e pousadas, R$ 652,5 milhões. Com o setor de bares e restaurantes, os serviços responderam por mais de 85% de toda a receita gerada no período carnavalesco, considerado o maior feriado do calendário nacional.

O Rio de Janeiro foi o Estado que teve a maior movimentação de recursos, com circulação de R$ 2,4 bilhões, seguido de São Paulo, com R$ 1,5 bilhão, e, juntos, concentraram aproximadamente 68,2% da receita do setor no período. Ainda em 2017, destacam-se as movimentações em Minas Gerais (R$ 332,7 milhões) e em três Estados da Região Nordeste: Bahia (R$ 308,7 milhões), Ceará (R$ 140,3 milhões) e Pernambuco (R$ 131,4 milhões).

As atividades turísticas que compuseram o faturamento do turismo no Carnaval de 2017 foram alojamento, alimentação, turismo, esporte e lazer, agências de viagens, transporte rodoviário, transporte aéreo, transporte e locação de veículos.

Ações de Live Marketing

Os eventos de Carnaval acontecem em praticamente todas as cidades de Norte a Sul do País, no entanto, os mais tradicionais são, sem dúvida nenhuma, os do Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo, e, são nessas cidades, que acontecem as principais ações de live marketing, afinal, o cenário é perfeito para ativação de marca.

Em 2017, no Rio de Janeiro, as principais ativações de marca aconteceram nos camarotes da Marquês de Sapucaí, que teve como grande novidade o Camarote Nº 01. Pela primeira vez, em 26 anos, o espaço – que durante 24 anos foi o Camarote da Brahma – famoso por reunir celebridades nacionais e internacionais, vendeu ingressos para os dois desfiles das escolas do Grupo Especial e Sábado das Campeãs. Com isso, o público teve a oportunidade de dividir o espaço de 2.400 m² divididos em três andares no Setor 2 do Sambódromo, com estrelas da TV, do cinema, do esporte e da música.

Em Salvador, o investimento para a edição 2018 é estimado pela Prefeitura em R$ 50 milhões, sendo R$ 30 milhões oriundos dos patrocinadores da festa – Skol, Air Europa, Caixa e Olla. Com todos os fluxos, a movimentação econômica da cidade deverá chegar a R$ 1,5 bilhão nesse período.

Geração de Renda

O que muitas pessoas não veem, principalmente as que criticam arduamente os festejos de Carnaval, é a quantidade de emprego que é gerada e o retorno que a Folia de Momo traz para as cidades que investem nesse evento. Ok! Alguns vão dizer: "Mas com o Brasil vivendo a crise econômica que está vivendo, porque gastar tanto com uma simples festa?. É preciso ficar bem claro que todas as empresas que estão envolvidas em patrocinar ou as agências que realizam ações de live marketing para marcas em geral, contratam mão de obra, geram emprego para muita gente, e, o mais importante, todas pagam os seus impostos.

Levando isso em consideração, se o governo não faz bom uso dos impostos que recebe, a culpa não é do Carnaval, e, sim, de políticos mal preparados que não pensam no bem estar da população. Dessa forma, quanto mais eventos do estilo do Carnaval tivéssemos no Brasil, maior seria a arrecadação de recursos financeiros que iriam contribuir para o desenvolvimento do nosso País.

É importante que as pessoas aprendam a diferenciar quem está trabalhando de forma digna para ajudar no crescimento da economia do País daqueles que usam da máquina pública em proveito próprio. Citando apenas um exemplo. Quando uma agência de live marketing é contratada para realizar a ativação de uma marca no Carnaval, só ela está contratando mão-de-obra das mais diversas áreas, e, além dela, todos os contratados pagam impostos de forma correta.

“O Carnaval de Salvador é o grande propulsor da indústria do entretenimento instalada na cidade que movimenta, significativamente, a economia. Sobretudo neste período de crise, onde tantas pessoas estão desempregadas, elas têm a oportunidade de um trabalho e uma renda, mesmo que temporárias.”, salienta o presidente do Capítulo Norte/Nordeste da Ampro, Márcio Vianna.

Portanto, antes de criticar as pessoas que incentivam e que trabalham para a realização do Carnaval no Brasil, é preciso tomar consciência de tudo o que envolve a realização dessa grande festa popular no Brasil.