Experiência de Marca

O choro é livre

Com quase todo mundo que converso no mercado, ouço o já chato: “Tá ruim!”(sic)

Com quase todo mundo que converso no mercado, ouço o já chato: “Tá ruim!”(sic)

Tá ruim para qualquer pergunta. Virou resposta pronta pra justificar desde as dificuldades inerentes ao mercado até a incompetência ou omissão dos fracos.

Pessimismo e inércia que alguns profissionais e agências assumem porque trabalho dá trabalho mesmo e tem custo.

artigo tony

Quem gosta disso é cliente safado, que se aproveita dessas frases para ganhar prazo de pagamento, justificar porque não reajusta o valor do trabalho…

Lembro de um cliente do ramo da tabaco que queria que eu fizesse, pela segunda vez, seu evento pelo mesmo valor do primeiro.

Justificava o pedido pela honra que teríamos em trabalhar com eles, pela falta de dinheiro deles para fazer o evento e porque… “Tava ruim” (sic 2).

Que merda de honra é essa de trabalhar para cliente ruim e … deixa pra lá.

Se não tem dinheiro, não faz nada, pois é assim que fazem as pessoas e empresas corretas. Ou alguém faz festa se não pode pagar?

“E tá ruim pra quem cara pálida?” Para  quem é um empresa gigante, multinacional, ou para uma agência pequena de uma cidade? A resposta parece difícil?

Como tinha uma equipe de produtores grande que fumava, dei a solução ao cliente:

Eu faço o trabalho pelo valor do evento no primeiro ano e você fornece aos meus produtores seu produto, por um mês, ao preço daquele ano.

Ele disse: Não podemos fazer isso, pois os valores dos insumos cresceram.

Respondi: os valores dos meus insumos também.

Resultado: corrigimos o valor do evento pelo percentual de correção do produto.

Os pessimistas das redes sociais ajudam a espalhar a merda.

Seja no âmbito do mercado, do País, da própria casa. Isso porque falar e nada fazer não muda nada.

Vá a uma empresa, agência ou encontre um amigo que não diz “Tá ruim!” e veja o que eles têm em comum.

Se arriscaram, procuraram novos caminhos, fizeram, trabalharam mais, ao invés de falar. Duvido que não.

Lição de moral? Também não!

Não sou cego (até enxergo mal, mas cego não), sei que há dificuldades enormes num mercado que é novo no sentido do que o circunda no País e no mundo.

Sei mais que repetir fórmulas e o mesmo é catastrófico, que inflar quadros, não sair à rua atrás do velho e do novo cliente com novas fórmulas e ideias desgasta e tem custo, mas traz resultado, que trabalhamos 5 vezes mais para ganhar o que ganhávamos anos atrás. Mas é a realidade.

O que fazer?

Diferente. Fazer diferente.

Qualificar gente. Pagar por produtividade. Investir em quem sabe e faz. Adotar consultorias de resultado e ser vivo, para ficar vivo e fazer ao vivo.

Se eu ficasse na mesma, estaria passando fome, mas me renovo nos livros, palestras, papos e aprendo com quem faz.

Nada disso te interessa? Beleza.

Tá ruim? Ok.

E se, para você, o choro livre…

Tô vendendo lenço de papel que faz sorrir.

 

Por Tony Coelho.