Ela desenvolveu um tratamento capilar simplesmente incrível que consegue trazer os cabelos de volta, simplesmente retirando-os de dentro do couro cabeludo.
O quê? Vocês devem estar pensando? Você tá louco? Eu também diria a mesma coisa, se não tivesse visto com meus próprios olhos e isso também tivesse acontecido comigo, no papel de um de seus clientes.
Digamos que os anos passam e tempos como os de hoje são perfeitos para que o estresse – um dos grandes vilões do processo – acabe gerando entre outras coisas, a perda de cabelos.
Tudo isso parece mágico e acreditem, é! E ela, sempre simpática, encantadora, extremamente profissional e muito bem preparada tecnicamente, cativa quem a conhece, principalmente porque o resultado é imediato, a olho nu, ali na sua frente e confrontado com a aquelas fotos do antes e depois.
Recentemente, teve a visita de uma figura midiática, presente na grade de uma grande emissora, ela ficou chocada e completamente anestesiada por tudo o que viu e pelos resultados, resolveu então livremente divulgar para sua rede de seguidores porque achou que seria ótimo que muitas outras pessoas soubessem.
Muitos agradeceram pela sua dica e começaram a lotar o espaço da profissional, mas infelizmente, um grupo de profissionais começou a questionar a sua própria idoneidade, se incomodando pela profissional não ter um diploma de medicina, afinal, quem era ela para trazer uma solução para um problema e até mesmo levantando a possibilidade de algum tipo de engodo.
Ela me contou isso, um tanto chocada pelo ocorrido, mas tranquila como qualquer pessoa que faz algo dentro dos mais altos profissionais e éticos padrões pode ficar. E em nenhum momento ela desqualifica, deixa de indicar ou é contra os profissionais, está simplesmente fazendo seu trabalho. That’s it!
Mas por que então a violência do questionamento? Por que o trabalho em desconstruir um trabalho sem o estudar? Por que acreditar que um diploma, um curso ou uma formação x lhe dá o pressuposto de que só você pode fazer algo e isso dar certo?
Não estamos falando de nenhuma prática de medicina ilegal, estamos falando de uma tratamento e de uma forma de terapia, uma nova abordagem, certamente não convencional, mas com resultados. E o que você espera de um tratamento não são resultados.
E se tem algo que os bons terapeutas, inclusive os inúmeros adeptos das também inúmeras novas formas de terapias quânticas, alternativas e diferenciadas têm em comum, é que nunca questionam ou sugerem que qualquer tipo de outra terapia mais convencional que a pessoa esteja fazendo seja parada, da mesma forma como suas consultas com um médico.
Elas sempre se colocam como auxiliares, colaborativos ou complementares às outras formas de atendimento, na maioria vindas justamente do universo onde um diploma acadêmico lhe dá superpoderes.
Alguns hospitais, por exemplo, criaram uma grande flexibilização ao uso de abordagens menos convencionais que claramente ajudam no tratamento dos pacientes. E elas sempre estão sendo usadas em conjunto com a medicina normal que está sendo ali praticada.
Na odontologia, grandes conhecedores da anatomia e da harmonização do rosto, recentemente foram proibidos de utilizarem alguns tipos de tratamento ou abordagens – muito utilizados em procedimentos complementares de reconstrução da aparência feitos também por meio da odontologia – porque algumas especialidades diziam que eles não podiam fazer isso, que era de sua área. Como se esses profissionais também não tivessem estudado e muito para poderem fazer isso com qualidade?
Há alguns anos, houve um grande clamor de parte do mercado de comunicação, quando viu empresas de outros segmentos inscreverem cases relacionados em suas áreas, e ganharem prêmios internacionais. Se sentiram invadidos como se aquele espaço só fosse deles, mas não sei dizer se eles também tinham inscrito alguma coisa…
Recentemente, vemos inúmeros parceiros, e fornecedores das mais variadas áreas, oferecerem e até muito bem, serviços que antes eram feitos por meio de outras empresas.
Obviamente, sobre o olhar feio e o questionamento “ético” destes, mas abençoados pela decisão dos clientes que resolveram “fazer direto”, possivelmente entendendo que esta triangulação não fosse necessária, e claramente baixando custos também? O que devemos então? Falar mal deles, questionar sua competência ou espernear uma invasão do “nosso” mercado?
A gente percebe um mundo cada vez mais sem fronteiras, “No Boarders” numa definição mais clara. E isso pressupõe que os limites não são tão nítidos, que a concorrência é necessária, imprescindível, irresistível e ela pode vir de qualquer lado, mas claro: O choro é livre, mas não seja egoísta e muito menos perca a linha ao questionar idoneidade, qualificação ou pseudo direitos de mercado.
É claro que dá pra entender que tudo isso é uma forma de defender seu espaço, seu mercado, os seus clientes e prospects, mas quem disse que isso tudo é só seu?
Se tem algo que cresce a cada dia é a liberdade das pessoas fazerem o que elas querem, e, sinto muito, se alguém que você julga menor porque não estudou numa faculdade 5 estrelas por 5 anos, mas que fez mais de 10 cursos neste mesmo tempo, que se preparou por anos para ser um expert no seu assunto e ainda teve a abertura de mindset para se preparar e se lançar no mercado, está fazendo algo que teoricamente concorre com seus serviços, pare com ‘mimimi’, vá entender o que ele faz, dê um upgrade no seu processo, cresça e mostre outras ferramentas e em lugar de diminuir o concorrente, porque você não buscar crescer sua diferenciação?
Enquanto pessoas sorriem felizes com novos dentes e uma harmonia facial que nunca tiveram, enquanto pessoas ficam felizes com cabelos que voltaram, enquanto pessoas por muito tempo debilitadas por diversos tipos de desordem finalmente se sentem mais fortes e curadas, e enquanto muitas empresas resolvem os problemas passados pelos clientes com qualidade e profissionalismo, a sua decisão é qual?
Ficar reclamando da “invasão do seu mercado”, desqualificar a escolha de um cliente ou aceitar que o jogo mudou e tá na hora de você sair de sua zona de conforto e também ser agressivo da forma certa: Melhorando a sua entrega, abrindo seu mindset, dando um update no seu conhecimento, reconhecendo inclusive que eles possam estar entregando algo tão bom ou melhor do que você, e, definitivamente, compreendendo que a qualidade não está atrelada necessariamente à quantidade de diplomas na parede, o número de livros que você leu, as palestras que participou, os títulos que incorporou ao seu cartão ou o incrível ambiente corporativo que você construiu para tangibilizar o castelo de sua importância?
A gente não precisa mais de espaços, toda imagem hoje é questionada, defesas intransigentes de um passado outrora glorioso não são mais válidas e até mesmo postulados antigos – ainda que válidos como construção – precisam do sopro novo de uma visão mais atual e com uma nova versão de como as pessoas são hoje. Porque definitivamente as pessoas, o mundo, o mercado e a forma das pessoas se sentirem atendidas também mudou.
Porque hoje não vivemos mais a importância do que você é, do que você fez, e, às vezes, até em como você faz (desde que lícito, óbvio!), mas simplesmente do que você faz, e, definitivamente, para um monte de pessoas, empresas, marcas, produtos, profissionais e possíveis clientes e pacientes com os problemas dos mais diversos, só existe uma coisa importante pra eles: Que alguém resolva seus problemas.
Então, se quiser chorar, chore. Mas abra sua mente, porque hoje competir em alto nível, aceitar, respeitar, estudar e não temer qualquer tipo de adversário definitivamente é imprescindível e necessário!