Em um contexto onde mais e mais pessoas estão abrindo mão de dinheiro, cartões com chip, senhas e as novas biometrias (baseadas em impressões digitais) oferecem mais segurança para as compras.
Uma das principais empresas de pagamento com cartão de crédito, a MasterCard, iniciou o processo de encerrar definitivamente a tarja magnética em seus produtos. Segundo a BBC, em 2033 não haverá mais nenhum no mercado.
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Eles acreditam que as novas formas de pagamento, após mais de 60 anos de validade, deixam de ser úteis.
Na altura do ‘desaparecimento’ terão feito uma viagem de mais de 70 anos de história no mercado, sendo um elemento essencial para a segurança dos pagamentos com cartão.
Dessa forma, a MasterCard passa a ser a primeira marca no mundo a dar o pontapé inicial no fim da tarja magnética.
Nesse sentido, deixarão um longo período de carência, que pode se estender por uma década, em que solicitarão aos usuários e empresas que mudem para pagamentos por outras tecnologias.
Como tantas invenções da segunda metade do século 20, a banda magnética surgiu da rivalidade entre a URSS e os Estados Unidos, especificamente da guerra clandestina que ambas as potências mantinham por meio de seus serviços secretos, com seus espiões.
Na década de 1960, a IBM aceitou a comissão da CIA para criar carteiras de identidade para sua equipe, para reconhecê-las secretamente.
Naquela época, os engenheiros da então principal empresa de computadores dos Estados Unidos tiveram a ideia de colar as informações codificadas em uma fita magnética que iria para os cartões plásticos do pessoal da CIA.
Este projeto nasceu paralelamente ao surgimento das primeiras grandes empresas de pagamento por meio de cartões de crédito.
Apenas dois anos antes, a BanAmericard (Visa) e a InterBank Card Association (MasterCard) foram fundadas.
Eles logo introduziram a tecnologia da CIA em seus próprios produtos e exportaram seus cartões para muitos dos países avançados.
Dessa forma, a tarja magnética tornou-se popular em todo o mundo e mais de 70% da população a possui.
Uma invenção da Guerra Fria que hoje deu o primeiro passo para se tornar uma anedota do passado.