O Ser humano, desde que a febre das redes sociais tomou conta do mundo, já ficou meio robotizado. Nos dias atuais, a internet tem feito as pessoas se afastarem cada vez mais umas das outras fisicamente, pois a maioria dos contatos é feita via mobile.
Há muito tempo as máquinas ultrapassaram nossa eficiência em trabalhos pesados ou repetitivos. Agora, elas avançam sobre o terreno das tarefas complexas – e ameaçam quase metade dos empregos que existem hoje, e, no caso específico do Brasil, eles já são bem poucos.
No início dos tempos, as ferramentas serviram para ampliar nossas habilidades. Com o passar dos séculos, porém, começaram a ser usadas não apenas para auxiliar, mas também para substituir o elemento humano. Não é o caso de lamentar. A maior parte das tarefas das máquinas é considerada, hoje em dia… inumana.
Porém, isso está mudando, e rapidamente. O barateamento da computação, o avanço das pesquisas em Inteligência Artificial e a evolução da robótica têm feito surgir variados algoritmos e robôs inteligentes o suficiente para assumir empregos que usam não só o braço, como também um pouco do cérebro.
O impacto desta sofisticação é tão grande que, nas próximas duas décadas, robôs devem assumir quase a metade das funções remuneradas de hoje, pelas contas de dois pesquisadores da Universidade de Oxford. Carl Frey e Michael Osborne analisaram o impacto que a crescente automação terá no futuro do trabalho.
Um hotel no Sul do Japão já conta com uma equipe diferente – alguns funcionários, como quem atende os hóspedes no balcão de check-in e os carregadores de malas, são robôs. Dentro dos quartos, um robô interativo responde aos comandos dos hóspedes para ajustar alarmes e a luz. Painéis instalados em cada quarto vão aumentar ou diminuir automaticamente a temperatura para um nível confortável, o que deve reduzir custos.
Aparentemente, parece ser divertido e interessante se hospedar em um local como esse, mas, será que isso tem mais valor do que ser atendido por um humano?
Mas, tem muitos outros casos em que o Ser humano já foi substituído. No Canadá, um Banco está trocando atendentes de telemarketing por um supercomputador. No Brasil, tarefas típicas de um professor particular estão sendo assumidas por um algoritmo que avalia os pontos fracos do estudante e monta um plano de estudos. Uma fábrica no Japão opera sem supervisão humana por várias semanas. Jornais nos Estados Unidos já usam algoritmos para escrever notícias simples.
Apenas um terço dos cargos contemplados não deve sofrer impacto pelo avanço dos robôs. No geral, são ocupações em Saúde, Engenharia e Arqueologia.
Nem mesmo quem trabalha com robótica está a salvo: no futuro, os robôs serão fabricados e consertados por outros robôs. Já um quinto das profissões está a salvo temporariamente por limitações técnicas. Os dedos de um robô, por exemplo, ainda não são firmes o suficiente para consertar o motor de um barco ou arrumar os produtos na prateleira do supermercado.
Para que cheguemos a um mercado de trabalho totalmente automatizado, três gargalos precisam ser resolvidos, segundo Frey e Osborne: manipulação (mais precisão), inteligência criativa e inteligência social. Em outras palavras: um algoritmo terá de parar de imitar uma pessoa e passar a agir como uma.
Não dá mais para voltar atrás. Mas, e o nosso live marketing? Será que os robôs também irão roubar as cenas em eventos, feiras de negócios e outras ativações de marca ao vivo?
Para algumas tarefas eles serão muito úteis, disso não há dúvida, mas, ser recepcionado em um estande por uma simpática promotora ainda é muito mais interessante e cativante do que ser recebido por uma máquina.
É esperar para ver o que teremos nas próximas décadas!!!