Hoje em São Paulo teremos mais um dia de Brazil Promotion, e novamente tenho o privilégio de palestrar no evento. Participarei do Painel 3, cujo nome é “o novo comportamento de compra”, junto ao Pedro Camargo, Guilherme Sebastiany e Gilberto Strunck. Estou feliz, sabe por que?
Porque o evento me dará a oportunidade de, mais uma vez, poder falar que o comportamento de compra do shopper vem se transformando nos últimos anos também por conta do universo digital, mas não somente por ele.
Aliás, quando falo que o universo digital transformou (em partes) o comportamento deste público, o fez não pelo que as ferramentas digitais ofereceram aos profissionais de marketing e trade, mas por conta das mudanças sociais e culturais que tivemos por conta delas.
O Facebook, o Instagram, o WhatsApp, o Waze, o Google, e tantas outras plataformas ajudaram sim a moldar este “novo” consumidor, mas o que o transformou de verdade foi algo que vai além delas próprias. O que os mudou foi a possibilidade de acesso e ganho de voz que estas ofereceram a eles. O que quero dizer é que não foram os ads destas ferramentas que mudaram os processos de compra, mas também os ads.
Mais que os ads, o acesso às marcas que estas plataformas ofereceram aos consumidores os transformou. Sim, eles ganharam mais possibilidade de serem ouvidos.
Consumidores que podem ser ouvidos com mais força e que tem mais acesso a informações sobre produtos compram diferente, é claro! As facilidades oferecidas pelas compras online fizeram também que eles buscassem esta mesma comodidade fora da internet. Afinal, os universos online e off-line-line não competem, mas se unem. São, em muitos casos, uma coisa só.
Mas pérai, que falando demais de digital faz parecer que acredito que somente ele fez o comportamento de compra dos shopper mudar. Não, não foi. Os pontos de venda também ganharam força, e de ponto de vendas se transformaram em ponto de atenção, ponto de comodidade, ponto de conceito e ponto de relacionamento. As lojas que vivem apenas como loja são cada dia menos fortes. Hoje, lojas passaram a vender também conceito e experiência. E isso transformou o consumidor? Claro!
Quanto mais produtos no mercado, mais meios de comunicação com os consumidores, mais pontos de venda pensando como aprimorar a experiência de compras do cliente, mais este fica mimado. E isso é ótimo! O consumidor, quando mimado, exige mais, compara mais e se relaciona (com quem merece) mais. E ai, é claro, o seu comportamento de compras muda.
Não tem jeito. Ano a ano, novidade a novidade, o jeito do shopper comprar passará por adaptações, seja elas grandes ou pequenas. Nosso papel de as estudar continuará forte. E o de criar estratégias comerciais e mercadológicas a partir destes estudos, fundamentais.