Os textos motivacionais sobre o ano novo já foram escritos e lidos na primeira semana – aqueles que dão aquelas dicas para repensar as práticas, assimilar outras novas e abolir falhas costumeiras e energizar os novos rumos.
Na segunda semana, já motivados e entrando na rotina, é hora de planejar o quê e como fazer as coisas. E aí os textos sobre “Tendências para 2019” são os que mais aparecem nas mídias e todos que querem ter sucesso devem estar antenados com essas indicações para aplicarem em sua vida e negócios.
Impactada por essas vertentes editoriais corriqueiras, porém necessárias, dessas 2 primeiras semanas, refleti um pouco sobre algumas e o possível uso e impacto no setor de eventos:
- Transporte alternativo: O app já existente do evento, pode adicionar uma parte para caronas viabilizando economia e sustentabilidade de maneira efetiva, bem como pensar que o costume de usar veículos compartilhados é cada vez mais comum e que pensar em parcerias com estes serviços, ou criar estações nos espaços de eventos (mesmo que temporários) é uma forma de atendimento a esse novo padrão de locomoção. Aliás, temos serviços até sem estações (Yellow).
Empresas e seus propósitos: Mais do que boas práticas e apoio a causas, marcas devem efetivamente participar de uma economia circular, tornando os consumidores participantes e os produtos e serviços sustentáveis, isso vai de não canudo no drinque, comidas com insumos da época, brindes feitos por comunidades e não embalados em plásticos ou frota de carros elétricos, entre outros.
O cuidado com os dados: Além das regras de GDPR e LGDP, não obrigar o consumidor a entrar em cadastramento via dados do Google ou Facebook, trazendo fichas mais concisas. Por exemplo, muitos eventos já não perguntam o gênero aos participantes, até porque existem mais de 30 denominações na atualidade e isso não interfere na prestação de serviço – somos todos iguais e reconhecidos, não?!
Economia colaborativa: O pilar do compartilhar ajudando pessoas, empresas, o meio ambiente e diminuindo gastos para todos os stakeholders. O Crowdshipping é um destes, com entrega (delivery) de coisas pelas pessoas “comuns” e não por transportadoras. Seus convites, brindes, caixas entregues de forma mais barata e consciente, ajudando outros.
Na ilha da tecnologia, confesso que pincei a maioria da Consumer Eletronic Show (CES), feira que aconteceu em Las Vegas na primeira quinzena de 2019 e reuniu 4.500 empresas expositoras, mais de 180.000 visitantes e startups de 40 países. E muito do que foi apresentado como protótipo em outros anos, hoje está ou estará no cotidiano das pessoas brevemente e também nos eventos , tais como:
– Com o 5G pessoas e máquinas se conectarão com mais facilidade e rapidez, e podendo comandar máquinas. Dando um pequeno exemplo, imagine fechar e abrir catracas de um estádio ao comando de voz em 1 millisegundo? É integrar serviço e experiência.
– Airselfie: Uma câmera aérea projetada para tirar selfies bem além do que o seu braço poderia alcançar, um app + acessório que surgiu via crowdfunding. Existe uma lei que impede pau de selfies em megaeventos, mas esse novo aparelho está ok, além das fotos diferentes que ele poderá viabilizar. Confira no vídeo.
– TV Samsung Q7FN: TVs com bordas e espessura fina – isso já é realidade, mas este produto quando desligado, se camufla no “modo ambiente” e faz com que a tela fique com a textura e cores da parede atrás dela. Isso traz muitas possibilidades para cenografia e decoração; ou a LG 4G Oled que pode ser enrolada após ser desligada (imagina isso para montagem e desmontagem, otimização do espaço).
– Organic Silver Tech: Uma camiseta básica com Íons de prata, que ajudam a eliminar o suor e o mau odor. Isso para uniforme de staff, além da higiene e economia em quantidade de camisetas, e já está à venda no site.
– Robôs: as máquinas de lata, nada mais têm de ficção científica e já estão na recepção de hotéis, em assistente de palco e como palestrantes como o Ti Bot brasileiro ou a Sophia estrangeira. Teremos esses “profissionais” sendo solicitados em nossos briefings brevemente, não se assustem.
As novidades são constantes, muitas surgem como grandes esperanças, outras tornam-se fogo de palha, pois no protótipo são interessantes, mas no mundo real inviáveis, com defeitos ou pouco agregam.
Como profissionais de eventos, devemos estar antenados a tudo e a todos constantemente, principalmente para podermos colaborar como pensadores de eventos e não somente como fazedores de eventos.
Bom ano NOVO, e como diria o poeta Fernando Pessoa:
“Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.”
Bons nascimentos e renascimentos, então !!!
Artigo de Líbia Macedo.