Eu, com 36 anos de idade, tive o privilégio de viver momentos de alta importância para quem vive comunicação. Em 2003, ano de nascimento das mídias sociais Orkut e Facebook, estava na faculdade estudando publicidade.
Em 2007, ano em que a Apple lançava seu iPhone, que revolucionou a forma como nos comunicamos, nos informamos e nos relacionamos, estava já atuando em agências que hoje chamamos de Live Marketing. Alias, tive a oportunidade de viver o nascimento deste termo. Eu e possivelmente você também.
Costumo dizer que o fato de ter tido a oportunidade de viver ao vivo estas transformações todas, que aceleraram decisivamente a forma que parte da população brasileira se informar e viver, me ajudou a entender com pouco mais de segurança o mundo contemporâneo e o que possivelmente viveremos pela frente – este último, sem certeza ainda. Afinal, tive (tivemos) a oportunidade de viver as transformações, de modo que as entender se tornou mais simples.
Olhando assim de forma mais distante, se torna fácil perceber o quanto o surgimento das mídias sociais em 2003, dos smartphones modernos em 2007 e do Live Marketing há alguns anos tem em comum.
Ambos deram ou se baseiam na ideia de que as pessoas têm voz, querem falar, e devem ser escutadas para que o diálogo ocorra. Diálogo entre pessoas e pessoas, e pessoas e marcas. Vivemos um período em que o diálogo ganhou força, e com isso ferramentas que conversem com o consumidor ao vivo, também.
Conversar. Dialogar. Dividir histórias. São conquistas das pessoas, dos consumidores e das marcas. Construir marcas, hoje mais que sempre, se tornou contar histórias. Melhor: viver histórias. Um mundo de informações demais, de comunicações demais, de impessoalidade demais, pede isso. Pede mais proximidade, mais voz, mais ouvidos e bocas. Pede mais conversas. Conversas que ganhem espaço entre tantas informações.