Sabe aquela pessoa que curte ir a um supermercado, a um banco, a uma loja de conveniência de posto de gasolina ou então até mesmo a um pet shop daqueles gigantescos? Eu. Eu curto demais. Sempre fui apaixonado por ponto de vendas, e por isso optei por dedicar minha vida profissional a promoção de vendas e merchansiding.
Com o tempo, passei a entender que existia, dentro destes universos todos, algo chamado processo de vendas, jornada de compras e drive do shopper. Não levou muito tempo para me apaixonar e passar a atuar também com estratégia de vendas, gestão estratégica de varejo e então trade marketing.
Assim sendo, como qualquer outro apaixonado por ponto de venda, quando ouço alguém dizer que ele está com seus dias contados, rio. Antes ficava bravo e tentava argumentar que não, que ele nunca morrerá. Hoje apenas rio, mas apenas por dentro, pra não passar por mal educado. Não vale a pena ir contra falsas crenças modernas advindas do crescimento do digital.
Não, a televisão não matou o rádio e nem o tablet matou o livro de papel. Estes passaram ou passarão por transformações relevantes para se adaptar a um novo momento. Acontece não apenas por sobrevivência própria, mas também para entregar aos seus consumidores algo que a nova mídia provavelmente e naturalmente não entregaria com a mesma qualidade. Foram eficientes em se transformar.
O ponto de vendas, hoje, passa pelo mesmo processo. Ele aos poucos se transforma para entregar a todos que o visitam algo que as novas mídias não podem entregar da mesma forma: a experiência ao vivo. Se algo é realmente live marketing, posso dizer que é o ponto de venda. Ali é tudo ao vivo, frente a frente com o consumidor, onde a experiência e a mágica acontecem o tempo todo.
Quanto mais o digital crescer e ganhar força (o que certamente irá ocorrer, e fico feliz por isso), mais o ponto de venda eficiente em transmissão de mensagens e conceito crescerá. Em comum, o digital e o ponto de venda conversam como público, mensuram resultados de suas ações, geram empatia através de histórias, e vendem. Olha só como, apesar de tão diferentes, são tão similares!
Ora, quanto mais digitais fiquemos, mais informações tenhamos acesso, mais as marcas precisarão da nossa calma e presença para viver experiências. E experiência, meu amigo, é também realizada no ponto de venda.
Não, ele não vai morrer. O que vai morrer é o ponto de venda ineficiente, que não conta história, que não sabe oferecer uma boa experiência. Aquele que não resolve o problema do cliente. Ele, alias, não deixará saudade. Mas todos os outros, eu garanto: estarão espalhados por ai transformando conceitos em momentos. Em experiência.