Quantas vezes você já não vivenciou determinadas experiências extremamente positivas, que ficaram registradas na sua memória e o levaram a, voluntariamente, descrevê-las e dividi-las com sua “rede” social? Muitas, né? E em várias delas, eu garanto, havia uma marca responsável pela realização.
O desfecho mencionado acima é o resultado ideal que nós, profissionais de Comunicação, podemos desejar de qualquer iniciativa de live marketing, certo? Errado!
Não por causa da sensação vivenciada, mas porque esta atividade não deve se resumir apenas a uma ação de entretenimento, que nos traga uma satisfação plena momentânea ou nos leve para um mundo de sonhos.
Se apenas este for o legado, a ação terá fracassado por não trazer uma solução completa, capaz de aproximar a sua pessoa da marca responsável por essa experiência.
Quando bem conduzido, o live marketing direciona as pessoas para um determinado fim, e, mais importante ainda, o faz turbinado por um propósito pelo qual elas se identificam e se engajam de alguma forma.
Além disso, essa atividade é diferenciada das outras do universo da Comunicação por ser a única apta a explorar nossos cinco sentidos simultaneamente (olfato, paladar, visão, audição e tato).
Tamanho arsenal, combinando o potencial dos gatilhos sensoriais com a força do propósito, amplificam nossa percepção e o surgimento de um profundo vínculo entre os envolvidos (marca e seu “target” – sejam eles externos ou internos) é quase uma consequência garantida.
Esse movimento é algo tão natural quanto a capacidade destes acontecimentos serem grandes provedores de conteúdo. Essa característica, por si só, já nos remete, imediatamente, à oportunidade de desdobrar todo esse rico ecossistema em branded content.
Isso, sem dúvida, irá refletir positivamente dentro da jornada de compra do consumidor. Não à toa, a cadeia deste tipo de atuação dentro do marketing já movimenta aproximadamente 50 bilhões de reais no Brasil, segundo o Anuário de Live Marketing.
Um valor significativo e cada vez maior, assim como o volume de empregos diretos e indiretos que estão por trás disso. Outro número promissor vem dos próprios clientes.
Ainda de acordo com o estudo, 77% têm a perspectiva de aumento de faturamento com investimentos nesta atividade nos próximos anos. Esses fatos comprovam que, já há algum tempo, o live marketing não é simplesmente mais uma ramificação da Comunicação, e, sim, parte fundamental de sua estratégia.
Portanto, a chave do sucesso é proporcionar uma experiência literalmente única, com conteúdo e propósito para o público, capaz de sedimentar as mais profundas raízes de empatia entre as partes, criando uma conexão tão grande que transforme a audiência em evangelista da marca. E quando alcançamos esta sintonia, dentro de um universo de propagação digital como o de hoje, podemos dar, por meio de compartilhamentos e interações espontâneas, escalas antes inimagináveis para este movimento.
Esta poderosa combinação, sim, é o verdadeiro poder do live marketing.
Por Dirceu F. Vieira.