O Oi Futuro apresenta a primeira edição da Bienal de Arte Digital, entre os dias 5 de fevereiro e 18 de março, no Oi Futuro, promovida pelo Festival de Arte Digital (FAD). A programação contará com exposições, performances e simpósios de cerca de 20 artistas de diferentes países que exploram o tema “linguagens híbridas”.
A proposta da Bienal é se tornar uma agenda nacional de arte digital e mostrar a cada dois anos obras e exposições que reflitam temas sociais importantes, evidenciando que a arte possibilita à tecnologia exibir suas experiências sociais.
Após sua estreia no Rio, a Bienal segue para Belo Horizonte, onde a programação ocorrerá entre os dias 26 de março e 29 de abril no Conjunto Moderno Da Pampulha – Museu de Arte da Pampulha (MAP), com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro.
Artistas do Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Reino Unido foram selecionados para essa primeira Bienal de Arte Digital. Seus trabalhos têm como finalidade refletir e trazer para debate a experimentação de novas linguagens artísticas com o uso de novas ferramentas e tecnologias.
Entre os trabalhos participantes estão temas como o uso da tecnologia de célula de combustível microbiana para obter eletricidade de bactérias anaeróbicas e componentes orgânicos na água, experimento do cientista e artista brasileiro radicado na Holanda Ivan Henriques, que é o destaque conceitual da Bienal, com uma discussão e problematização da sociedade e da relação do homem e o seu meio. A palestra de abertura da Bienal será realizada por Diana Domingues, pioneira no Brasil na relação de arte com ciência.
A Bienal também contará em sua programação com um simpósio internacional, com a presença do americano Joe Davis, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Departamento de Genética de Harvard, que mostrará sua visão sobre o híbrido (artista e cientista), no dia 6 de fevereiro. Davis é pioneiro de trabalhos de arte e biologia molecular e arte espacial inclusive em parceria com a Nasa. O evento ainda terá oficinas do programa educativo nas exposições, palestras ministradas por profissionais das artes, ciência e tecnologia e de artistas convidados, como o chileno Daniel Cruz, da Universidad de Chile, que vai expor a obra “Bloques Erráticos”, contendo uma mensagem em prol da preservação da natureza.
“O Oi Futuro abre sua programação de 2018 com a primeira edição da Bienal de Arte Digital, um evento que materializa nosso compromisso com a inovação e a experimentação nas artes, ampliando a discussão sobre a convergência de linguagens e fortalecendo o campo da arte e tecnologia.”, diz Roberto Guimarães, gestor de Cultura do Oi Futuro.
Os trabalhos escolhidos foram selecionados entre as mais de 600 inscrições realizadas via edital. A seleção foi realizada por um conselho curador formado por acadêmicos, artistas, pesquisadores e produtores culturais como Marina Gazire, Alexandre Milagres, Ivan Luiz Ramos, Gabriel Cevallos, Pablo Gobira, Tadeus Mucelli, Karla Danitza e demais membros da comissão organizadora. Foram cerca de 20 encontros entre os envolvidos e cerca de 400 horas dedicadas às análises.
“A Bienal de Arte Digital surge para pautar a cada dois anos temas importantes e mais amadurecidos relacionados à sociedade. O FAD, que atua desde 2007 entre os eixos da arte, comunicação e tecnologia, percebe que vivemos um momento em que a arte digital deixa de se conceituar como uma arte de nicho.”, avalia Tadeus Mucelli, curador e idealizador da Bienal e fundador do FAD. “A arte digital vai em direção à contemporaneidade como um todo. Ou seja, além de ser a arte desta sociedade hipermoderna, é o lugar das experiências sociais.”