No sábado, encerrou-se mais uma turma do Curso de Formação de Profissionais em Live Marketing no Rio de Janeiro.
Em todas as edições, temos um padrinho da turma. Alguém que fecha o Curso com uma palestra que alimenta um pouco mais as crenças que temos no curso e que incentiva os alunos por sua personalidade e profissionalismo. Na anterior, foi o Rafael Liporace, meu amigo da A VERA! Que fez uma brilhante palestra e entregou Certificados. Nesta, o padrinho foi Dil Mota.
Foto: Divulgação.
Falar do Dil, pra mim, é meio que chover no molhado. Todo mundo sabe que sou amigo, fã, admirador do homem e do profissional. Unanimidade, quando se fala de caráter, Dil é daqueles palestrantes que, quando você ouve, o tempo para e tudo faz sentido.
Temos tanta coisa em comum, acreditamos em tanta coisa igual que, não raro, me vejo nele – e quem dera que isso fosse verdade. Em sua palestra, confirmei as afinidades – até a música que ele escolheu para a sua foi a mesma que escolhi na minha palestra final para os alunos, antes da dele.
Mais duas coisas, crenças comuns também, falaram mais alto nas palavras dele, porque mais fortes, emocionais e contundentes:
Uma, que a informação, elemento indispensável na construção profissional de qualquer pessoa, não se consolida apenas nas telas frias dos smartphones e computadores, que, infelizmente, nos aproximam dela, mas numa solidão escrava nos desviando das conversas alimentadoras da mais pura informação e conteúdo com amigos, colegas de trabalho, filhos, pais, parceiros, desconhecidos, professores e gente em geral.
Que os desvios ao quais a tecnologia nos expõe não nos permite perceber a beleza e a história de gente que passa por nós, nas ruas, nos shoppings, nos táxis, nos bares, nas festas, na vida… Aí, sozinhos com um mundo à nossa frente e milhares de pessoas nos curtindo, nos embebedamos da informação fria do Google, sem contestação, e nos tornamos insensíveis às coisas, às verdades mais reais, aos elementos de insumo à nossa vida, ao nosso dia-a-dia, e, pior, às pessoas.
Outra, é que é preciso ser criança para criar.
Isso justifica, graças a Deus, meus bonequinhos na mesas e na estante, meus quadros infantis e minha fixação nos super-heróis, nos desenhos animados, nas formas, no papel de bala que acho na rua, na caneta quebrada que guardo e nos carrinhos da coleção…
Então, me sinto normal na sociedade que tolhe a infância na busca dos gênios, sem ver que os gênios estão na criança que mora dentro de nós e que nós mesmos matamos. A criança que não aceita a impossibilidade, ousa e inova, recorre aos porquês, porque quer respostas e pronto, que sonha em ser invisível, com cenários nas nuvens, com voos coloridos e cria um mundo novo, do qual, não raro, emergem as ideias de fantásticas ações que gente grande adora.
Dil resgatou nos olhos de nossos alunos o desejo do sonho. Fez de produtores e criativos gente mais gente, que se emocionou ao final de sua palestra como criança bonita que vê seu sonho da Disney tomar forma.
Eu então percebi que meu curso é mais que a simples formação de profissionais live. Centrado na emoção e nas ações vivas, nos sentidos que nos fazem perceber o mundo, vi mais um grupo de alunos ganhar o mercado cheios de vontade, talento, qualificação, e, dessa vez, mais aptos a encontrar nas pessoas e nos sonhos infantis as respostas mais sérias e oportunas que se transformarão em ações e eventos que todos esperam de nós.
E se é verdade que a tarefa não será tão fácil assim, porque para convencer clientes é preciso mais que o lúdico, eles, os clientes (crianças grandes que são, não poderão fugir dessa verdade), mais verdade ainda é que, no mínimo, nós os encantaremos por alguns instantes, quem sabe perenizando cases. O seus sorriso de satisfação podem ser um bom sinal, o mesmo que o sorriso de um profissional feliz na profissão que escolheu, e isso, como diz a campanha, não tem preço.
Eu me sinto assim. Feliz com o que faço, apesar dos adultos filósofos e dos donos dos MBAs de mentira. Eles também são crianças, mas ainda não conseguem subir no play. Não sabem brincar, que pena.
Bom, quanto a mim…Então, alguém quer trocar o Capitão América pelo Wolverine?