Além dos aspectos positivos atrelados à luta por evolução social que são frequentemente destacados em uma organização inclusiva, adotar a diversidade também torna o processo de inovação mais eficiente.
Pesquisas de mercado indicam que as companhias que optam por valorizar as diferenças são as que apresentam mais igualdade e melhores resultados, assim como uma maior perspectiva de sucesso a longo prazo.
O levantamento também revela que as oportunidades para que essas corporações entrem em um novo mercado são ampliadas em 70%, ao mesmo tempo que possuem 45% mais chances de aumentarem sua participação no segmento em que já atuam.
Dessa forma, a diversidade no ambiente de trabalho se configura tanto como instrumento baseado em ética quanto peça fundamental para a sobrevivência e manutenção da relevância das empresas em um mercado cada dia mais competitivo.
Porém, para abraçar as singularidades e transformá-las em um ativo valioso que apoiará a performance em longo prazo, as empresas precisam se concentrar em minar os desafios que interferem na inclusão de grupos minoritários, que se estendem desde a contratação – ou a falta dela – até a conquista de cargos de liderança.
Consertar um “degrau quebrado” na rede de obstáculos à paridade não torna uma empresa mais inclusiva ou elimina problemas de base estrutural.
A chave está na transformação da cultura organizacional. Ao passo que evoluímos dinâmicas de práticas corporativas voltadas à responsabilidade social, no que se refere às políticas e ações afirmativas em prol da diversidade, um ambiente mais positivo, horizontal e criativo nos é apresentado.
É necessário estar atento para o extenso processo de segregação e exclusão de grupos minoritários que construiu a nossa cultura e as estruturas sociais que são também a base para a desigualdade no ambiente corporativo.
Assim, reunir diferentes perspectivas e respeitá-las de forma que possam coexistir simultaneamente significa apagar estereótipos e preconceitos, estando aberto ao valor que esta interação pode fornecer ao seu negócio.
Uma empresa inclusiva, além de adotar uma atitude empática com todos os seus colaboradores, também investe em acessibilidade, oferecendo oportunidades para que grupos socialmente vulneráveis sejam capacitados e tenham espaço para crescer na esfera empresarial.
Essa nova mentalidade inclui desde políticas de recrutamento proativas, sistemas de remuneração mais justos, atraentes e competitivos, até a criação de uma rede dedicada à diversidade e igualdade, em que se organizam oficinas de conscientização entre todos os colaboradores, não apenas os representantes dos grupos atingidos.
Assim, manter esse compromisso e potencializá-lo continuamente trará um impacto positivo e duradouro às empresas e seus funcionários. Afinal, além de ser uma parte importante da democracia, a diversidade tem uma influência benéfica e mensurável nos resultados de uma corporação.
As equipes que exploram a pluralidade de experiências tendem a ser mais criativas, inovadoras, eficazes e responsivas, uma vez que a heterogeneidade é um princípio fundamental para que possamos entender, com eficiência, as necessidades dos clientes.
Quanto mais uma empresa amplia a sua performance no mercado, maior também será a capacidade de resposta a movimentos do mercado.
Logo, faz sentido promover a diversidade e a habilidade de trabalhar com diferentes públicos. Isso evita a criação de nichos negativos para a sociedade e oferece uma oportunidade única para expandir a atuação da empresa, assim como seu desempenho empresarial. Os negócios e a sociedade agradecem por isso.