Caminhamos pelos corredores do Palais e vimos cartazes, assistimos a filmes publicitários, vimos palestras sobre a nova realidade dos outdoors. De repente, observamos um grupo de pessoas saindo sorridentes de uma fila com uma latinha branca de energético ou uma camiseta feita à mão.
Isso nos mostra claramente que o que vimos na imagem é passado, é o que foi feito para um momento e muitas vezes até teve proibida a sua reexibição. O que vimos diante dos olhos foi o impacto do presente, do agora; o momento que um consumidor retém quando está diante de uma marca.
Tudo começa na entrega da bolsa. Junto com ela materiais de divulgação do festival: uma garrafinha de água e a camiseta oficial.
Logo a seguir, ainda dentro do Palais, um espaço no mínimo inusitado desenvolvido por chineses: um estande onde o longínquo país marca presença estampando camisetas à mão.
Receber brindes tem um impacto tão grande que é difícil acreditar na forma como o seu composto é tão pouco valorizado pela indústria. De toda a forma, apesar das desconsiderações públicas de um mercado que utiliza e muito tais estratégias na relação privada com os clientes, os brindes não só aparecem em Cannes_Lions como fazem toda a diferença.
Saímos do Palais e chegamos no divertido lounge do Google: entre as mais modernas tecnologias e sistemas de localização, com interessados ouvintes, destaca-se, mesmo, a fila para fazer camisetas personalizadas com androids.
Vestir a camiseta, uma frase tão simples, torna-se um desejo quase imediato quando estamos em um momento de sincronia total entre público e evento. Algo que Cannes, há anos, sabe promover com maestria.