A semana que se seguiu ao Congresso trouxe mais alegrias pra gente. Não bastasse a grande virada, que começou com o Kito Mansano dando as boas vindas a todos e terminou com ele mesmo dizendo que agora somos um Sindicato, a mídia parece que se rendeu à gente.
É isso mesmo. Nunca vi tanta gente falando da gente. Cada jornal, revista ou entrevista que via, achava que estava lendo e vendo o Promoview, tal a empolgação e “propriedade” com que os jornalistas falavam da gente e do nosso mercado. Até na Globonews saímos. Antes, nós, representando o Promoview, fomos entrevistados em Cannes pelo Reclame do Multishow.
Tenho sido procurado por gente que antes não atendia nem meus telefonemas e que, agora, me liga e, quando me encontra por aí, me cumprimenta e diz: precisamos almoçar. Mas tentei várias vezes isso e você mandou dizer que não estava! (penso) Hummm! Vai entender. Devem pensar que minha cabeça mudou, porque apareci na TV. Muita coisa mudou mesmo, mas eu não.
Nossa! Será que a varinha mágica que apontou para a mudança foi o Sindilive? Ou a presença de quase 1.000 participantes em cada dia na Plenária com os principais executivos das maiores Agências do Brasil presentes, juntos a Clientes de peso, falando de budgets de milhões, que despertou neles o desejo de estar e falar com a gente?
As Universidades começam a nos cortejar em busca de cursos, palestras e aulas (Por falar nisso, começa, agora em setembro, com apoio da Ampro e do Promoview, onde divulgarei o curso para todo Brasil, o primeiro Curso de Formação de Profissionais de Live Marketing, curso profissionalizante mesmo, o primeiro para formar Produtores e Criativos, voltado exclusivamente para o mercado Live) e eu acho que o caminho é por aí.
Mas o que me chamou atenção mesmo foi a reação de alguns amigos publicitários em relação a uma postagem minha no Face.
Animado com a reportagem da Globonews, coloquei o link dela no Face e escrevi um texto bem fofinho, dizendo que os que insistiam em dizer que o Live não existia deviam ver a matéria…
Não era, de forma alguma, uma indireta a quem quer que fosse. Até porque, quem me conhece sabe que perco muita coisa, oportunidades inclusive, por ser direto no que penso. Gosto, gosto. Não gosto, falo.
A questão tinha mais a ver com minha vida acadêmica, pois tentava, sem sucesso, emplacar o termo Live Marketing no meio, mas ouvia sempre que ele não existia e nunca existiria.
Essa afirmação era – e é – uma prova inconteste de mediocridade falta de conhecimento de quem diz essa frase, pois muita coisa que não existia tempos atrás, em várias áreas, hoje existe com propriedade, e nome, para representá-la.
O Ernead Marketing e Content Marketing (o Marketing de Conteúdo), por exemplo, eram inexistentes e impensáveis antes do advento da Internet, assim como a Comunicação Multidisciplinar ou 360 não teriam nenhum sentido sem a ideia da Comunicação Integrada.
Dizer que o que hoje chamamos de Live Marketing não muda nada em relação ao que era feito há mais de 15 anos atrás e que mudar o nome não adianta nada é ainda pensar, e usar, a terminologia de ATL e BTL, como se estivesse antenada e entendesse de Comunicação, sem perceber que a linha ACABOU, sumiu. E que as Agências, antes de Publicidade e Propaganda, de Comunicação fazem, hoje, bastante coisa que era chamada de BTL pra sobreviver e, estar à altura do que necessitam seus clientes para se comunicar.
Não se tira o mérito e o trabalho das áreas de BTL das antigas Agências, onde ações, promoções e eventos eram feitos, e bem, por grandes profissionais. Muito menos se pensa que um publicitário é incapaz de criar no escopo das atividades do Live. Seria muita ignorância a besteira, mesmo porque 80 a 90% dos profissionais do nosso mercado de Live Marketing é formando em… Tchan, tchan, tchan… Publicidade e Propaganda e Marketing.
Mas se tudo isso é verdade, também o é que a maioria dos publicitários, achando nossas atividades menores e, portanto, nosso profissionais menores ainda, ignorou nossas ferramentas e, hoje, tem sim dificuldade para criar para todas elas, a ponto da contratação de nossos profissionais experientes e das “parcerias” com Agências Live sejam constantes.
Quando falei “todas elas” acima, não o fiz por diletantismo não. É que, dentro do Live Marketing, tanto os pontos de contato (para os publicitários, pode se entender como mídia) quanto as ferramentas e atividades são de grande número mesmo (eu já enumerei cerca de vinte como ativação de marcas, marketing direto, promoção, eventos de incentivo, de relacionamento, endomarketing, congressos e convenções, flash mobs, mídias em redes sociais, aplicativos para smartphones, estandes corporativos, shows, eventos esportivos, samplings e blitzes, crowdfundings, intervenções em PDVs, ações tecnológicas etc, etc…). Mas, como tratamos do mundo real e das coisas vivas e dinâmicas, elas podem aumentar muito mais.
Dito isso, fica uma certeza: Estamos “causando”!
Uma afirmação: O Live Marketing existe sim senhor!
Uma frase de efeito: BTL é a PQP ! (desculpa Oliva, mas não resisti).
E a minha última: Neguinho vai ter que aturar a gente ao vivo e em cores!