Os patrocínios esportivos movimentarão US$ 29 bilhões no mundo em 2020, uma queda de 37%. Um desafio sem precedentes para os clubes brasileiros reféns de um modelo mercadológico atrasado e antiquado, que lota a camisa de logos.
A crise econômica causada pelo Covid-19 fará estragos brutais em diferentes setores econômicos. As perdas serão ainda piores para aqueles que vivem de eventos esportivos e de entretimento.
O melhor do marketing esportivo está aqui.
Estes setores dependem muito do live marketing, venda de entradas, patrocínios corporativos e apoios institucionais. Além das inevitáveis perdas com vendas de entradas, haverá enormes reduções das verbas dos patrocinadores.
As perdas com patrocínios serão gigantescas, pois as empresas que mais patrocinam esporte no mundo são de setores que sofrem atualmente com a recessão global.
Assim, embora os patrocínios sejam fundamentais para a construção das marcas corporativas, as empresas precisarão reduzir investimentos para adequar sua gestão ao “novo normal”.
Segundo dados da empresa norte-americana IEG, o mercado global de gastos corporativos em patrocínios no mundo foi de US$ 66 bilhões em 2019.
Deste total, cerca de US$ 46 bilhões são recursos diretamente investidos em esporte, em patrocínios a times, Ligas, atletas e competições.
Segundo análise da empresa Two Circles, esse mercado de US$ 46 bilhões em 2019 vai ser reduzido em 37% em 2020 por conta do Covid-19, fazendo com que o “novo normal” dos patrocínios esportivos globais agora seja um mercado de US$ 29 bilhões.
O setor que mais vai impactar na queda é o mercado financeiro, um dos mais atuantes no mundo. A redução do investimento do setor financeiro em patrocínios cairá de US$ 12,6 bilhões para US$ 6,9 bilhões, redução de 45%.
Outros setores que reduzirão os investimentos são veículos, energia, companhias aéreas, varejo, comida e bebida.
Solução passa pela tecnologia e inovação
A redução brutal dos patrocínios esportivos no mundo afetará as finanças de clubes, Ligas, atletas e empresas de organização de eventos esportivos.
A saída para essa terrível crise passa em cada propriedade esportiva. O uso de novas tecnologias e mais abordagens para cativar e fidelizar o consumidor no ambiente digital são as saídas para atrair as marcas patrocinadoras.
Os patrocinadores desejam soluções criativas para o caos financeiro que virou o seu negócio. Os clubes, Ligas e competições precisam se posicionar como um efetivo canal de vendas, construção de marcas e relacionamento com diferentes públicos, em meio a essa crise toda.
Conteúdos diferenciados, plataformas tecnológicas inovadoras, exclusividade na exploração de ídolos, forte apelo nas redes sociais são somente alguns exemplos de caminhos que as entidades esportivas terão que seguir para manter ou até ampliar seus patrocínios.
Para o mercado brasileiro é ainda pior, já que aqui, clubes, agências e patrocinadores somente sabem lotar uniformes com marcas, cada vez com mais baixo retorno para os parceiros e menores receitas para os clubes.
Um desafio sem precedentes para os clubes brasileiros reféns de um modelo mercadológico atrasado e antiquado.