Astros consagrados e novos astros do esporte estão se preparando para entrar, em 2015, no hall de favoritos ao Ouro olímpico. O último ano antes das Olimpíadas é uma boa prévia do que os fãs de esporte verão no Rio de Janeiro a partir do dia 5 de agosto de 2016.
Serão 37 campeonatos mundiais neste ano – entram na conta eventos que não têm a alcunha de Mundial, mas que têm a mesma importância -, contemplando 271 das 306 provas olímpicas.
Um ano repleto de disputas – ainda tem os Jogos Pan-Americanos de Toronto – e de grande relevância na caminhada rumo ao Rio 2016, já que centenas de vagas serão distribuídas para os Jogos.
Foto: Reprodução/Google.
A maratona de Mundiais começará no dia 15 de janeiro, com o Mundial de Handebol Masculino do Catar. Os eventos passarão por quatro continentes – só a África não será contemplada – até finalizar no Mundial de Handebol Feminino da Dinamarca, que tem final agendada para o dia 20 de dezembro.
O Brasil, porém, ficou fora do itinerário dos Mundiais. O país-sede das Olimpíadas se concentrará nos preparativos, tanto nas obras dos centros esportivos do Rio 2016 como também nos eventos-teste.
As confederações nacionais seguiram a recomendação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para centralizar seus investimentos na preparação dos atletas para as Olimpíadas em vez de arcar com custos e esforços para realizar grandes competições internacionais.
Para os brasileiros, destacam-se os eventos dos esportes que o COB avalia como vitais para a delegação alcançar o inédito top 10 no quadro de medalhas – considerando o número total de medalhas.
O vôlei não tem Mundial, mas tem Copa do Mundo no Japão, competição também quadrienal com a presença das principais seleções e que vale vaga para o Rio 2016. As mulheres iniciam as disputas no dia 21 de agosto, e os homens no dia 07 de setembro – o Brasil ainda não tem vaga confirmada, mas deve se classificar por ser a melhor equipe da América do Sul.
O esporte brasileiro com maior sucesso nos Jogos (20 medalhas) ainda terá o Mundial de Vôlei de Praia, no dia 26 de junho, na Holanda.
Outro carro-chefe verde-amarelo, o judô terá seu Mundial de 2015 em Astana, no Cazaquistão, entre 24 e 30 de agosto. Os desportos aquáticos se reunirão em Kazan, na Rússia, para conhecer seus campeões mundiais entre 24 de julho e 9 de agosto. As equipes de ginástica artística buscarão sua classificação olímpica no Mundial de Glasgow, entre 24 de outubro e 1º de novembro.
O atletismo brasileiro buscará quebrar o jejum de medalhas em Mundiais no Ninho de Pássaro, palco do Ouro de Maurren Maggi nas Olimpíadas de Pequim, 2008. Antes do evento na China entre 22 e 30 de agosto, os atletas disputam o Mundial de Revezamento de Nassau, nas Bahamas, no início de maio – os revezamentos finalistas já se garantirão no Rio 2016.
O Brasil ainda é forte candidato à conquista de medalhas nos Mundiais das dez classes olímpicas da vela e no Mundial de Canoagem de Velocidade de Milão, na Itália, em agosto.
Fora da Prévia
Em 2015, apenas 35 provas olímpicas não terão competições de relevância equivalente a de um Mundial. O tiro esportivo conhecerá campeões mundiais apenas das cinco provas de tiro ao prato, sem as cinco de carabina e as cinco de pistola. O tênis de mesa não terá Mundial por equipes. O rúgbi só terá Mundial na versão Union (também conhecido como rúgbi de 15), sem a versão olímpica, a Sevens.
De Olho no Pan e em Vagas Olímpicas
Outra importante competição do calendário 2015 é os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, entre 10 e 26 de julho. Para algumas modalidades, o evento não tem grande peso por não contar com os principais atletas, por isso os brasileiros podem optar por se pouparem de olho nos Mundiais.
Este é o caso, principalmente, dos desportos aquáticos, já que o Mundial de Kazan tem início no dia 24 de julho – muitas confederações brasileiras ainda não divulgaram se usarão força máxima no Pan.
Por outro lado, os Jogos no Canadá servem como pré-olímpico para algumas modalidades. No handebol e no hipismo, o Brasil já está classificado para o Rio 2016 por ser o país-sede. A delegação verde-amarela, que já tem pouco mais de 300 atletas garantidos nas Olimpíadas, pode ganhar vagas no tiro esportivo, no pentatlo moderno e principalmente no hóquei sobre grama.
O hóquei é a única modalidade em que o Brasil tem chances de ficar fora dos Jogos, e o Pan é a última chance para se classificar. Para se garantir no Rio 2016, a equipe feminina precisava terminar 2014 no top 40 do ranking ou acabar o Pan de Toronto no top 7, mas sequer se classificou para a competição continental e está fora do páreo olímpico.
Foto: Divulgação/Odesur.
Os brasileiros do hóquei também não atingiram a meta de fechar 2014 no top 30 do ranking, mas ficará com a oitava e última vaga para o Pan. Eles agora precisam acabar no top 6 em Toronto para a inédita classificação olímpica.
Outras competições darão vagas olímpicas durante o ano de 2015. A delegação verde-amarela pode crescer nos pré-olímpicos das Américas de basquete, em agosto – os homens competem em Monterrey, no México, e as mulheres em Edmonton, no Canadá.
A Fiba (Federação Internacional de Basquete) ainda não confirmou a presença do Brasil como país-sede, mas as chances são grandes de que isso aconteça muito antes dos pré-olímpicos.
Foto: Fiba.
Mais vagas podem vir na final da Copa do Mundo de Pentatlo Moderno e no pré-olímpico mundial de triatlo, que será realizado no Rio de Janeiro e servirá como evento-teste.
Rankings de boxe definidos em março e setembro e o ranking olímpico de taekwondo, que fecha em dezembro, são outras chances de brasileiros se classificarem para o Rio 2016.