Três maiores marcas esportivas do mundo sofreram quedas violentas em 2020 em virtude da pandemia de Covid-19.
A pandemia do Coronavírus derrubou os negócios das três maiores marcas esportivas do mundo no primeiro semestre de 2020. Na última semana, a Adidas apresentou seu resultado financeiro dos seis primeiros meses do ano: prejuízo de € 268 milhões e queda nas vendas de 27% em relação a 2019.
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A marca alemã teve resultados muito similares aos de Nike e Under Armour. As duas fabricantes americanas também viram seus negócios derreterem neste semestre, especialmente no segundo trimestre (abril a junho), quando a pandemia do Coronavírus provocou o fechamento de lojas praticamente em todo o mundo.
Segundo-o relatório financeiro apresentado pela Adidas, no mês de abril, 70% das lojas da marca no mundo ficaram fechadas. Isso causou uma queda abrupta nas vendas do trimestre, que atingiram € 3,6 bilhões.
O número é 35% menor que o mesmo período de 2019, quando a marca vendeu € 5,5 bilhões. O resultado foi causado pelo avanço da pandemia, que já tinha atingido a região da Ásia no primeiro trimestre, na Europa e nos Estados Unidos, os maiores mercados da marca.
Para tentar reduzir o impacto negativo da pandemia nos negócios, a Adidas tomou algumas decisões logo em março. A empresa pegou um empréstimo de € 3 bilhões com o governo alemão, e, ainda, suspendeu o pagamento de dividendos proposto para o exercício financeiro de 2019. A marca ainda passou a investir mais no e-commerce, já que as vendas on-line cresceram bastante na pandemia.
O resultado dos alemães mostra um cenário tenebroso para as marcas esportivas em 2020. A Under Armour já havia anunciado perdas de US$ 700 milhões no primeiro semestre do ano, enquanto a Nike viu as receitas caírem 38% no último trimestre do seu ano fiscal (de março a maio).
A projeção do primeiro quarto do novo ano fiscal segue baixa, com o mercado americano ainda afetado pela pandemia.
A fabricante do Oregon, que é a maior empresa de material esportivo do mundo, deverá colocar em ação um plano de redução de custos a partir do dia 1° de outubro.
Segundo o Portland Business Journal, pelo menos 500 funcionários que trabalham na sede da empresa serão demitidos. Além disso, será fechada a creche para filhos de funcionários que funciona na empresa e emprega quase 200 pessoas.
“Estamos anunciando mudanças hoje para transformar a Nike mais rapidamente, acelerar nossas maiores oportunidades de crescimento e expandir nossa posição de liderança.”, disse John Donahoe, presidente da Nike, ao anunciar as medidas.