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Covid-19 vai alterar a Black Friday?

Tome cuidado com as compras por impulso. Os preços são atrativos e as pessoas gostam de comprar.

A Black Friday desse ano deve ser diferente por conta do Coronavírus. 

Segundo o professor de Empreendedorismo e Marketing da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) Artur Motta, a data, que inaugura a temporada de compras natalinas do varejo, terá consumidores mais atentos, maior concorrência entre as empresas e busca maior por produtos para o lar. 

Preços justos

Segundo Motta, a impressão de que lojistas “aumentavam” para depois diminuir os preços dos produtos no período anterior à Black Friday, atualmente, não é mais uma verdade absoluta. 

“Foi uma imagem que ficou das primeiras ‘Blacks’, há uns oito anos. Pode, mas não costuma acontecer. Hoje o consumidor está atento e começa a pesquisar preços antes da data.”, diz. 

Evite as compras por impulso

O especialista recomenda aos consumidores evitarem as compras por impulso. Comece a pesquisar os preços antes e faça um planejamento das compras. 

Existem vários sites de monitoramento de preços que podem ser usados para consultar o histórico de preços antes da Black Friday. 

“Tome cuidado com as compras por impulso. Os preços são atrativos e as pessoas gostam de comprar. Planeje o que quer comprar, avalie suas capacidades financeiras e a real necessidade dos produtos.”, declara Motta. 

Adiante as compras de Natal

Para quem quer economizar, Motta é categórico ao afirmar que a data é uma ótima oportunidade para adquirir antecipadamente os presentes ou compras de Natal. 

O varejo também espera por isso, visto que grande parte das pessoas começa a receber o décimo terceiro nessa época. 

“Aproveite para adquirir, principalmente, os produtos que você sabe que tem preços mais elevados, porque muitos deles ficam mais baratos agora. Porém é preciso considerar se você tem onde armazenar o produto até o Natal e se pode arcar com a despesa nesse momento.”

Essa tendência já vem sendo percebida pelo varejo há um bom tempo, por isso o consumidor deve pesquisar. Com a concorrência entre os varejistas, nem sempre o comprador será exposto às melhores ofertas, mas às mais promovidas pelo comércio. 

Black Friday diferente

A pandemia de Coronavírus deve trazer uma série de impactos para a Black Friday deste ano. O primeiro deles é na renda e na confiança do consumidor que perdeu emprego: Provavelmente será uma Black mais fraca. 

O segundo ponto é que o consumidor mudou. “Antes você ia ao shopping, hoje você vai fazer as compras por meio do e-commerce, porque se habituou a evitar sair de casa. A loja física vai sentir um pouco menos o impacto das vendas da Black Friday.” 

Produtos para casa

Nesta Black Friday deve aumentar a venda de produtos relacionados ao lar. “Devem crescer as vendas de objetos relacionados a utilidades domésticas e móveis, porque as pessoas estão ficando em casa e há um desgaste natural desses objetos. Além de haver a intenção de melhorar o conforto do lar.” 

Motta ainda alerta que para aqueles que tiverem sangue frio, vale lembrar que alguns produtos ficam mais baratos após a Black Friday e até depois do Natal, a depender de como estarão os estoques dos varejistas e conforme ocorrerem as vendas.