Costumo dizer que marketing é a coisa mais fácil, e ao mesmo tempo a mais difícil do mundo.
A sua parte fácil é a que se refere a ferramentas e estratégias. Por intermédio de um bom livro, qualquer um é capaz de montar um plano inteligente de marketing, ou com poucas horas de aula utilizar suas principais ferramentas.
Ao mesmo tempo, a parte complexa do marketing é a obrigação que seu profissional tem de entender profundamente sobre mercado e a cabeça do consumidor. Como o mercado em que minha marca atua funciona? Como ele será em cinco ou dez anos? Como pensa e age o consumidor deste mercado? O que este consumidor irá procurar dentro de alguns anos? Como o atender melhor que meus concorrentes?
Nenhuma destas respostas está em livro algum, em curso nenhum. Ao mesmo tempo, está em todos. Em psicologia, antropologia, história da arte, economia, sociologia, legislação, entre tantos e tantos outros. Estas respostas estão também nas viagens que fazemos, nos museus que frequentamos, nos bares que bebemos, nos parques e praias dos nossos finais de semana, e até num bate-papo no Uber.
Entender de gente e de mercado é o que faz nossas campanhas darem certo.
Steve Jobs não era marqueteiro, mas ainda assim foi um dos maiores de todos os tempos. Não necessariamente estudou marketing (não como base de sua profissão), mas entendia como poucos o que seu público esperava dele e de sua marca. Entendia também seu mercado e o que ele estava preparado a oferecer.
Henry Ford também não investiu em estudar ferramentas de marketing por grande período da sua vida, mas compreendia o seu mercado com visão que aliava tecnologia da época, percepções inteligentes quanto a seus potenciais consumidores, e grande senso de oportunidade. Por isso conseguiu ser tão relevante.
Entender de gente e de mercado, mais que de ferramentas, é fundamental.
Nos dias atuais, em que os consumidores estão tão complexos e vivendo dentro de suas bolhas, apontando seus dedos para as incoerências dos colegas, mas esquecendo das suas próprias, tentar os entender se torna ainda mais primordial. Se antes não os compreender poderia significar menor número de vendas, hoje pode se tornar uma bela dor de cabeça para a marca.
Por isso continuo batendo na mesma tecla. Estamos investindo muito tempo em entender e vender ferramentas. Elas são importantes atalhos para chegar ao nosso objetivo, mas não são as reais solucionadoras de problema. Nosso tempo maior deve estar onde está o nosso consumidor e entendendo nosso mercado. Deve estar nas ruas, junto de onde tudo acontece.
Entender de gente e de mercado é o grande segredo. O resto vem.
Confira a live completa sobre este artigo em nosso facebook. Se não estiver visualizando, clique aqui.